Humor






Relato de uma professora de matemática
 
Semana passada comprei um produto que custou R$1,58. Dei à balconista R$ 2,00 e peguei na minha bolsa 8 centavos, para evitar receber ainda mais moedas. A balconista pegou o dinheiro e ficou olhando para a máquina registradora, aparentemente sem saber o que fazer. Tentei explicar que ela tinha que me dar 50 centavos de troco, mas ela não se convenceu e chamou o gerente para ajudá-la. Ficou com lágrimas nos olhos enquanto o gerente tentava explicar e ela aparentemente continuava sem entender.

Por que estou contando isso?
Porque me dei conta da evolução do ensino de matemática desde 1950, que foi assim:

1. Ensino de matemática em 1950:
Um cortador de lenha vende um carro de lenha por R$ 100,00.
O custo de produção desse carro de lenha é igual a 4/5 do
preço de venda .
Qual é o lucro?

2. Ensino de matemática em 1970:
Um cortador de lenha vende um carro de lenha por R$ 100,00.
O custo de produção desse carro de lenha é igual a 4/5 do
preço de venda ou R$ 80,00.
Qual é o lucro?

3. Ensino de matemática em 1980:
Um cortador de lenha vende um carro de lenha por R$ 100,00.
O custo de produção desse carro de lenha é R$ 80,00.
Qual é o lucro?

4. Ensino de matemática em 1990:
Um cortador de lenha vende um carro de lenha por R$ 100,00.
O custo de produção desse carro de lenha é R$ 80,00.
Escolha a resposta certa, que indica o lucro:
( )R$ 20,00 ( )R$40,00 ( )R$60,00 ( )R$80,00 ( )R$100,00

5. Ensino de matemática em 2000:
Um cortador de lenha vende um carro de lenha por R$ 100,00.
O custo de produção desse carro de lenha é R$ 80,00.
O lucro é de R$ 20,00.
Está certo?
( )SIM ( ) NÃO

6. Ensino de matemática em 2007:
Um cortador de lenha vende um carro de lenha por R$100,00.
O custo de produção é R$ 80,00.
Se você souber ler coloque um X no R$ 20,00.
( )R$ 20,00 ( )R$40,00 ( )R$60,00 ( )R$80,00 ( )R$100,00






Aprendi com minha mãe


Tudo o que sempre necessitei saber, aprendi com a minha mãe:

Minha mãe me ensinou a apreciar um trabalho bem feito:
Se você e seu irmão querem se matar, vão pra fora. Eu acabei de limpar a casa!

Minha mãe me ensinou a ter fé:
É melhor você rezar para essa mancha sair do tapete.

Minha mãe me ensinou a lógica:
Porque eu estou dizendo que é assim, acabou, e ponto final!

Minha mãe me ensinou o que é motivação:
Continua chorando que eu vou te dar uma razão verdadeira para você chorar!

Minha mãe me ensinou sobre genética:
Você é igualzinho ao traste do seu pai!

Minha mãe me ensinou sobre minhas raízes:
Tá pensando que nasceu de família rica é?

Minha mãe me ensinou a contradição:
Fecha a boca e come!

Minha mãe me ensinou a ter força de vontade:
Você vai ficar aí sentado até comer tudo!

Minha mãe me ensinou sobre justiça:
Um dia você terá seus filhos, e eu espero eles sejam iguais a você… aí você vai ver o que é bom.

Minha mãe me ensinou a valorizar um sorriso:
Me responde de novo e eu te arrebento os dentes!

Minha mãe me ensinou a retidão:
Eu te ajeito nem que seja na pancada!

Obrigado(a), mamãe!





“A professora do Bocão está corrigindo o dever de casa. Aí, balança a cabeça, olha para o Bocão e diz:
        – Não sei como uma pessoa só, consegue cometer tantos erros.
        E o Bocão explica:
        – Não foi uma pessoa só, professora. Papai me ajudou.”
(ZIRALDO, Alves Pinto. Rolando de rir. O livro das gargalhadas do Menino Maluquinho. São Paulo: Melhoramentos, 2001. p. 20)






Prepotência americana


O diálogo abaixo é tido como verídico e foi travado em outubro de 1995 entre um navio da Marinha Norte Americana e as autoridades costeiras do Canadá, próximo ao litoral de Newfoundland.
Os americanos começaram educadamente:
— Favor alterar seu curso 15 graus para norte para evitar colisão com nossa embarcação.
Os canadenses responderam prontamente:
— Recomendo mudar o SEU curso 15 graus para sul.
O capitão americano irritou-se:
— Aqui é o capitão de um navio da Marinha Americana. Repito, mude o SEU curso.
Mas o canadense insistiu:
— Não. Mude o SEU curso atual.
A situação foi se agravando. O capitão americano foi se exasperando e berrou ao microfone:
— Este é o porta-aviões USS Lincoln, o segundo maior navio da frota americana no Atlântico. Estamos acompanhados de três destróieres, três fragatas e numerosos navios de suporte. Eu exijo que vocês mudem seu curso 15 graus para norte. Repetindo um - cinco, graus norte, ou então tomaremos contra-medidas para garantir a segurança do nosso navio.
E o canadense respondeu:
— Isto aqui é um farol. Câmbio!



Leitura 1


De aorcdo com uma peqsiusa de uma uinrvesriddae ignlsea,não ipomtra em qaul odrem as Lteras de uma plravaa etãso, a úncia csioa iprotmatne é que a piremria e útmlia Lteras etejasm no lgaur crteo. O rseto pdoe ser uma bçguana ttaol, que vcoê anida pdoe ler sem pobrlmea.
Itso é poqrue nós não lmeos cdaa Ltera isladoa, mas a plravaa cmoo um tdoo.
Sohw de bloa.



35T3 P3QU3N0 T3XTO 53RV3 4P3N45 P4R4 M05TR4R COMO NO554   C4B3Ç4 CONS3GU3 F4Z3R CO1545 1MPR3551ON4ANT35! R3P4R3 N155O! NO COM3ÇO  35T4V4 M310   COMPL1C4DO, M45   N3ST4 L1NH4 SU4 M3NT3 V41 D3C1FR4NDO O CÓD1GO QU453 4UTOM4T1C4M3NT3, S3M PR3C1S4R   P3N54R MU1TO, C3RTO? POD3 F1C4R B3M ORGULHO5O D155O! SU4 C4P4C1D4D3 M3R3C3! P4R4BÉN5!


Antes de 1007


Segundo o tal relatório sobre o que nos espera se as coisas continuarem assim, mesmo se medidas drásticas forem tomadas agora para diminuir o aquecimento global, os efeitos disto só serão sentidos daqui a mil anos. O que nos leva a imaginar o que deveria ter sido feito há mil anos para impedir que chegássemos a este ponto. Se uma missão de prevenção retroativa pudesse ser mandada ao passado, que sinais ela deveria procurar de que se iniciava o processo que ameaçaria a vida do planeta, mil anos depois? O que poderia ser feito para evitar o processo? Alguém acreditaria em salvação duradoura.
Deixa ver. Mil anos atrás. O ano de 1007. Um programa de conscientização do público teria que começar com recomendações para controlar o número de fogueiras e queimadas e diminuir o fogo nos fogões, e em hipótese alguma adotar aquela novidade, o carvão, que só traria sujeira e xxxxxxxx. O carvão, aliás, deveria ser proibido antes de as pessoas descobrirem o que era. Todos teriam que ser convencidos de que a mula, o cavalo, o boi, a carroça e, vá lá, a carruagem eram o máximo que se poderia desejar em matéria de transporte e que o melhor era mesmo acabar com aquela mania de ir de um lugar para o outro. Todo mundo ficaria sossegado em casa e, principalmente, deixar de inventar coisas ou pensar em fazer coisas, acima de tudo coisas cuja feitura produzisse fumaça.
Mas talvez o ano de 1007 já fosse tarde demais. Em vez de voltar mil anos, nossa hipotética missão salvadora teria que voltar vários milhões de anos e, com sorte, chegar à idade da pedra no local exato e na hora certa.
— Pare!
— O quê?
— O que você está fazendo.
— Mas eu só estava...
— Inventando a roda. Ainda bem que chegamos a tempo. Você não tem idéia do que estava começando. Parando agora, você estará salvando milhões de vidas humanas. Estará salvando o próprio planeta. Desista. Invente outra coisa.
— Mas eu só estava fazendo uma mesa de centro.
— É o que você pensa. Estava inventando o automóvel, o engarrafamento, o monóxido de carbono, os cartéis do petróleo, guerras...
— Mas...
— Faça uma mesa de centro quadrada. E outra coisa.
— O quê?
— Nos leve ao cara que está descobrindo como fazer fogo.
— Por quê?
— Temos que eliminá-lo.
(Fonte: O Globo- 15/03/07- Luís Fernando Veríssimo)

 

Capitalismo no mundo



Capitalismo ideal:
Você tem duas vacas. Vende uma e compra um touro. Eles se multiplicam, e a economia cresce. Você vende o rebanho e aposenta-se, rico!

Capitalismo americano:
Você tem duas vacas. Vende uma e força a outra a produzir leite de quatro vacas. Fica surpreso quando ela morre.

Capitalismo francês:
Você tem duas vacas. Entra em greve porque quer três.

Capitalismo canadense:
Você tem duas vacas. Usa o modelo do capitalismo americano. As vacas morrem. Você acusa o protecionismo brasileiro e adota medidas protecionistas para ter as três vacas do capitalismo francês.

Capitalismo japonês:
Você tem duas vacas. Redesenha-as para que tenham um décimo do tamanho de uma vaca normal e produzam 20 vezes mais leite. Depois cria desenhinhos de vacas chamados Vaquimon e os vende para o mundo inteiro.

Capitalismo italiano:
Você tem duas vacas. Uma delas é sua mãe, a outra é sua sogra, maledetto!

Capitalismo enron:
Você tem duas vacas. Vende três para a sua companhia de capital aberto usando garantias de crédito emitidas por seu cunhado. Depois faz uma troca de dívidas por ações por meio de uma oferta geral associada, de forma que você consegue todas as quatro vacas de volta, com isenção fiscal para cinco vacas. Os direitos do leite das seis vacas são transferidos para uma companhia das Ilhas Cayman, da qual o sócio majoritário é secretamente o dono. Ele vende os direitos das sete vacas novamente para a sua companhia. O relatório anual diz que a companhia possui oito vacas, com uma opção para mais uma. Você vende uma vaca para comprar um novo presidente dos Estados Unidos e fica com nove vacas.
Ninguém fornece balanço das operações e público compra o seu esterco.

Capitalismo britânico:
Você tem duas vacas. As duas são loucas.

Capitalismo holandês:
Você tem duas vacas. Elas vivem juntas, não gostam de touros e tudo bem.

Capitalismo alemão:
Você tem duas vacas. Elas produzem leite regularmente, segundo padrões de quantidade e horário previamente estabelecido, de forma precisa e lucrativa. Mas o que você queria mesmo era criar porcos.

Capitalismo russo:
Você tem duas vacas. Conta-as e vê que tem cinco. Conta de novo e vê que tem 42. Conta de novo e vê que tem 12 vacas. Você para de contar e abre outra garrafa de vodca.

Capitalismo suíço:
Você tem 500 vacas, mas nenhuma é sua. Você cobra para guardar a vaca dos outros.

Capitalismo espanhol:
Você tem muito orgulho de ter duas vacas.

Capitalismo português:
Você tem duas vacas. E reclama porque seu rebanho não cresce...

Capitalismo chinês:
Você tem duas vacas e 300 pessoas tirando leite delas. Você se gaba de ter pleno emprego e alta produtividade. E prende o ativista que divulgou os números.

Capitalismo hindu:
Você tem duas vacas. E ai de quem tocar nelas.

Capitalismo argentino:
Você tem duas vacas. Você se esforça para ensinar as vacas mugirem em inglês. As vacas morrem. Você entrega a carne delas para o churrasco de fim de ano do FMI.

Capitalismo brasileiro:
Você tem duas vacas. Uma delas é roubada. O governo cria a CCPV - Contribuição Compulsória pela Posse de Vaca. Um fiscal vem e te autua, porque embora você tenha recolhido corretamente a CCPV, o valor era pelo número de vacas presumidas e não pelo de vacas reais. A Receita Federal, por meio de dados também presumidos do seu consumo de leite, queijo, sapatos de couro, botões, presumia que você tivesse 200 vacas e para se livrar da encrenca, você dá a vaca restante para o fiscal deixar por isso mesmo..




Receita de Mulher


Millôr Fernandes

Os olhos sejam de preferência grandes
E de rotação pelo menos tão lenta quanto
A da terra. (Vinícius de Moraes)
O seu semblante, redondo
Sobrancelhas arqueadas
Negros e finos cabelos
Carnes de neve formadas. (Thomaz Antônio Gonzaga)
Simpáticas feições, cintura breve,
Graciosa postura, porte airoso,
Uma fita, uma flor entre os cabelos. (Gonçalves Dias)
Verde carne, tranças verdes. (Garcia Lorca)
Lábios rubros de encanto
Somente para o beijo. (Junqueira Freire)
A sua língua, pétala de chama. (Cândido Guerreiro)
Nos lobos das orelhas
Pingentes de prata. (Gonçalves Crespo)
Mão branca, mão macia, suave e cetinosa
Com unhas cor de aurora e luz do meio dia
Nas hastes cor-de-rosa. (Luiz Delfino)
Os braços frouxos, palpitante o seio. (Casimiro de Abreu)
O dorso aveludado, elétrico, felino
Porejando um vapor aromático e fino. (Castro Alves)
Seu corpo tenha a embriagues dos vícios. (Cruz e Souza)
Com mil fragrâncias sutis
Fervendo em suas veias
Derramando no ar uma preguiça morna. (Teófilo Dias)
Nádegas é importantíssimo
Gravíssimo porém é o problema das saboneteiras
Uma mulher sem saboneteiras
É como um rio sem pontes. (Vinícius de Moraes)
As curvas juvenis
Frescas de ondulações de forma florescente
Imprimindo nas roupas um contorno eloqüente. (Álvares de Azevedo)
Qualquer coisa que venha de ânsias ainda incertas
Como uma ave que acorda e, inda mal acordada,
Move, numa tonteira, as asas entreabertas. (Amadeu Amaral)
De longe, como Mondrians
Em reproduções de revistas
Ela só mostre a indiferente
Perfeição da geometria. (João Cabral de M. Neto)
Que no verão seja assaltada por uma
Remota vontade de miar. (Rubem Braga)
A graça da raça espanhola
A chispa do Touro Miura
Tudo que um homem namora
Tudo que um homem procura. (Paulo Gomide)
E todo o conjunto deve exprimir a inquietação e espera. Espera, eu disse? Então vou indo, que senão, me atraso!
*Vinícius que me perdoe plagiá-lo. Mas beleza é fundamental. (M.F.)
(Show da Rhodia: Mulher, esse super homem/1967).


Músicas das décadas de 30, 40, 50... até hoje !


Década de 30: Ele, de terno cinza e chapéu panamá, em frente à vila onde ela mora, canta: "Tu és, divina e graciosa, estátua majestosa! Do amor por Deus esculturada. És formada com o ardor da alma da mais linda flor, de mais ativo olor, que na vida é a preferida pelo beija-flor...."

Década de 40: Ele ajeita seu relógio Pateck Philip na algibeira,escreve para Rádio Nacional e manda oferecer a ela uma linda música:

"A deusa da minha rua, tem os olhos onde a lua,costuma se embriagar. Nos seus olhos eu suponho,que o sol num dourado sonho, vai claridade buscar"


Década de 50: Ele pede ao cantor da boate que ofereça a ela a interpretação de uma bela bossa:

"Olha que coisa mais linda, mais cheia de graça. É ela a menina que vem e que passa, no doce balanço a caminho do mar. Moça do corpo dourado, do sol de Ipanema. O teu balançado é mais que um poema. É a coisa mais linda que eu já vi passar."


Década de 60: Ele aparece na casa dela com um compacto simples embaixo do braço, ajeita a calça Lee e coloca na vitrola uma música papo firme:

"Nem mesmo o céu, nem as estrelas, nem mesmo o mar e o infinito não é maior que o meu amor, nem mais bonito. Me desespero a procurar alguma forma de lhe falar, como é grande o meu amor por você...."

Década de 70: Ele chega em seu fusca, com tala larga, sacode o cabelão, abre porta pra mina entrar e bota uma melô jóia no toca-fitas:

"Foi assim, como ver o mar, a primeira vez que os meus olhos se viram no teu olhar.... Quando eu mergulhei no azul do mar, sabia que era amor e  vinha pra ficar...."

Década de 80: Ele telefona pra ela e deixa rolar um:

"Fonte de mel, nos olhos de gueixa, Kabuki, máscara. Choque entre o azul e o cacho de acácias, luz das acácias, você é mãe do sol. Linda...."

Década de 90: Ele liga pra ela e deixa gravada uma música na secretária eletrônica:

"Bem que se quis, depois de tudo ainda ser feliz. Mas já não há caminhos pra voltar. E o que é que a vida fez da nossa vida? O que é que a gente não faz por amor?"
Em 2001: Ele captura na internet um batidão legal e manda pra ela, por e-mail:

"Tchutchuca! Vem aqui com o teu Tigrão. Vou te jogar na cama e te dar muita pressão! Eu vou passar cerol na mão, vou sim, vou sim! Eu vou te cortar na mão! Vou sim, vou sim! Vou aparar pela rabiola! Vou sim, vou sim"!


Em 2002: Ele manda um e-mail oferecendo uma música:

"Só as cachorras! Hu Hu Hu Hu Hu! As preparadas! Hu Hu Hu Hu! As poposudas! Hu Hu Hu Hu Hu!"


2003: Ele oferece uma música no baile:

"Pocotó pocotó pocotó...minha éguinha pocotó!!!


Em 2004: Ele a chama p/ dançar no meio da pista:

"Ah! Que isso? Elas estão descontroladas! Ah! Que isso? Elas Estão descontroladas! Ela sobe, ela desce, ela da uma rodada, elas estão descontroladas!"


Em 2005: Ele resolve mandar um convite para ela, através da rádio:

"Hoje é festa lá no meu apê, pode aparecer, vai rolar bunda lele"!!!

Em 2006: Ele a convida para curtir um baile ao som da música mais pedida e
tocada no país:

"Tô ficando atoladinha, tô ficando atoladinha, tô ficando atoladinha!!!
Calma, calma, foguetinha!!! Piriri Piriri Piriri, alguém ligou p/ mim!!!"
























As fábulas já não são mais as mesmas


Era uma vez, uma formiguinha e uma cigarra muito amigas. Durante todo o outono, a formiguinha trabalhou sem parar, armazenando comida para o período de inverno.Não aproveitou nada do sol, da brisa suave do fim da tarde e nem o bate-papo com os amigos ao final do trabalho tomando uma cervejinha gelada. Seu nome era 'Trabalho', e seu sobrenome era 'Sempre'.

Enquanto isso, a cigarra só queria saber de cantar nas rodas de amigos e nos bares da cidade; não desperdiçou nem um minuto sequer. Cantou durante todo o outono, dançou, aproveitou o sol, curtiu prá valer sem se preocupar com o inverno que estava por vir.

Então, passados alguns dias, começou a esfriar.  Era o inverno que estava começando.

A formiguinha, exausta de tanto trabalhar, entrou para a sua singela e aconchegante toca, repleta de comida. Mas alguém chamava por seu nome, do lado de fora da toca. Quando abriu a porta para ver quem era, ficou surpresa com o que viu. Sua amiga cigarra estava dentro de uma Ferrari amarela com um aconchegante
casaco de vison.

 E a cigarra disse para a formiguinha:
 - Olá, amiga, vou passar o inverno em Paris.
 - Será que você poderia cuidar da minha toca?
 - E a formiguinha respondeu:
 - Claro, sem problemas!
 - Mas o que lhe aconteceu?
 - Como você conseguiu dinheiro para ir à Paris e comprar esta Ferrari?

E a cigarra respondeu:
Imagine você que eu estava cantando em um bar na semana passada e um produtor gostou da minha voz. Fechei um contrato de seis meses para fazer show em Paris...  À propósito, a amiga deseja alguma coisa de lá?

Desejo sim, respondeu a formiguinha.
Se você encontrar o La Fontaine (Autor da Fábula Original) por lá, manda ele ir para a Puta Que O Pariu !!!'







DETALHES
("Domingo", revista do Jornal do Brasil, n. 117.)

O velho porteiro do palácio chega em casa, trêmulo. Como sempre que tem baile no palácio, sua mulher o espera com café da manhã reforçado. Mas desta vez ele nem olha para a xícara fumegante, o bolo, a manteiga, as geléias. Vai direto à aguardente. Atira-se na sua poltrona perto do fogão e toma um longo gole de bebida, pelo gargalo.
- Helmuth, o que foi?
- Espera, Helga. Deixe eu me controlar primeiro.
Toma outro gole de aguardente.
- Conta, homem! O que houve com você? Aconteceu alguma coisa no baile?
- Co-começou tudo bem. As pessoas chegando, todo mundo de gala, todos com convite, tudo direitinho. Sempre tem, é claro, o filhinho de papai sem convite que quer me levar na conversa, mas já estou acostumado. Comigo não tem conversa.
De repente, chega a maior carruagem que eu já vi. Enorme. E toda de ouro. Puxada por três parelhas de cavalos brancos. Cavalões! Elefantes! De dentro da carruagem salta uma dona. Sozinha. Uma beleza. Eu me preparo para barrar a entrada dela porque mulher desacompanhada não entra em baile do palácio. Mas essa dona é tão bonita, tão, sei lá, radiante, que eu não digo nada e deixo-a entrar.
- Bom, Helmuth. Até aí...
- Espera. O baile continua. Tudo normal. Às vezes rola um bêbedo pela escadaria, mas nada de mais. E então bate a meia-noite. Há um rebuliço na porta do palácio.
Olho para trás e vejo uma mulher maltrapilha que desce pela escadaria, correndo. Ela perde um sapato. E o príncipe atrás dela.
- O príncipe?
- Ele mesmo. E gritando para me segurar a esfarrapada. "Segura! Segura!" Preparo-me para segurá-Ia quando ouço uma espécie de "vum" acompanhado de um clarão. Viro-me e...
- E o quê, meu Deus?
O porteiro esvazia a garrafa com um último gole.
- Você não vai acreditar.
- Conta!
- A tal carruagem. A de ouro. Tinha se transformado numa abóbora. - Numa o quê?!
- Eu disse que você não ia acreditar.
- Uma abóbora?
- E os cavalos em ratos.
- Helmuth...
- Não tem mais aguardente?
- Acho que você já bebeu demais por hoje.
- Juro que não bebi nada!
- Esse trabalho no palácio está acabando com você, Helmuth. Pede para ser transferido para o almoxarifado
Luis Fernando Verissimo

Mundo Moderno (aliteração)
Chico Anisio

Mundo moderno, marco malévolo, mesclando mentiras, modificando maneiras, mascarando maracutaias, majestoso manicômio. Meu monólogo mostra mentiras, mazelas, misérias, massacres, miscigenação, morticínio – maior maldade mundial.
Madrugada, matuto magro, macrocéfalo, mastiga média morna. Monta matungo malhado munindo machado, martelo, mochila murcha, margeia mata maior. Manhãzinha, move moinho, moendo macaxeira, mandioca. Meio-dia mata marreco, manjar melhorzinho. Meia-noite, mima mulherzinha mimosa, Maria morena, momento maravilha, motivação mútua, mas monocórdia mesmice. Muitos migram, macilentos, maltrapilhos. Morarão modestamente, malocas metropolitanas, mocambos miseráveis. Menos moral, menos mantimentos, mais menosprezo. Metade morre.
Mundo maligno, misturando mendigos maltratados, menores metralhados, militares mandões, meretrizes, marafonas, mocinhas, meras meninas, mariposas mortificando-se moralmente, modestas moças maculadas, mercenárias mulheres marcadas. Mundo medíocre. Milionários montam mansões magníficas: melhor mármore, mobília mirabolante, máxima megalomania, mordomo, Mercedes, motorista, mãos… Magnatas manobrando milhões, mas maioria morre minguando. Moradia meia-água, menos, marquise.
Mundo maluco, máquina mortífera. Mundo moderno, melhore. Melhore mais, melhore muito, melhore mesmo. Merecemos. Maldito mundo moderno, mundinho merda.



O piquenique das tartarugas
Millôr Fernandes
Uma família de tartarugas decidiu sair para um piquenique. As tartarugas, sendo naturalmente lentas, levaram sete anos para prepararem-se para seu passeio. Finalmente a família de tartarugas saiu de casa para procurar um lugar apropriado. Durante o segundo ano da viagem encontraram um lugar ideal!
Então descobriram que tinham esquecido o sal. Um piquenique sem sal seria um desastre, todas concordaram. Após uma longa discussão, a tartaruga mais nova foi escolhida para voltar em casa e pegar o sal, pois era a mais rápida das tartarugas. A pequena tartaruga lamentou, chorou, e esperneou. Concordou em ir mas com uma condição: que ninguém comeria até que ela retornasse.
Três anos se passaram e a pequena tartaruga não tinha retornado. Cinco anos… Seis anos… Então, no sétimo ano de sua ausência, a tartaruga mais velha não agüentava mais conter sua fome. Anunciou que ia comer e começou a desembalar um sanduíche.
Nesta hora, a pequena tartaruga saiu de trás de uma árvore e gritou, Viu! Eu sabia que vocês não iam me esperar. Agora que eu não vou mesmo buscar o sal.




1. Conto de fadas para mulheres do séc. 21

Era uma vez uma linda moça que perguntou a um lindo rapaz:
- Você quer casar comigo?
Ele respondeu: NÃO!
E a moça viveu feliz para sempre, foi viajar, fez compras, conheceu muitos outros rapazes, visitou muitos lugares, foi morar na praia, comprou outro carro, mobiliou sua casa, sempre estava sorrindo e de bom humor, nunca lhe  faltava nada, bebia cerveja com as amigas sempre que estava com vontade e ninguém mandava nela.
O rapaz ficou barrigudo, careca, o pinto caiu, a bunda murchou, ficou sozinho e pobre, pois não se constrói nada sem uma MULHER.
 FIM!!!
(Luís Fernando Veríssimo)


2. Conto de fadas para mulheres do séc. 21

Era uma vez, numa terra muito distante, uma linda princesa independente e cheia de auto-estima que, enquanto contemplava a natureza e pensava em como o maravilhoso lago do seu castelo estava de acordo com as conformidades ecológicas, se deparou com uma rã.
Então, a rã pulou para o seu colo e disse:
- Linda princesa, eu já fui um príncipe muito bonito. Mas uma bruxa má lançou-me um encanto e eu transformei-me nesta rã asquerosa. Um beijo teu, no entanto, há de me transformar de novo num belo príncipe e poderemos casar e constituir um lar feliz no teu lindo castelo. A minha mãe poderia vir morar conosco e tu poderias preparar o meu jantar, lavarias as minhas roupas, criarias os nossos filhos e viveríamos felizes para sempre…
E então, naquela noite, enquanto saboreava pernas de rã à sautée, acompanhadas de um cremoso molho acebolado e de um finíssimo vinho branco, a princesa sorria e pensava:
- Nem fo….den…do!
FIM!!!
(Luís Fernando Veríssimo)


Preconceito gramatical



Cachorro: O melhor amigo do homem.
Cachorra: Vagabunda.

Vadio: Homem que não trabalha.
Vadia: Vagabunda.

Boi: Homem gordo, forte.
Vaca: Vagabunda.

Aventureiro: Homem que se arrisca, viajante, desbravador.
Aventureira: Vagabunda.

Ambicioso: Visionário, enérgico, com metas.
Ambiciosa: Vagabunda.

Dado: Homem de bom trato.
Dada: Vagabunda.

Garoto de rua: Garoto pobre que vive na rua.
Garota de rua: Vagabunda.

Bonequinho: Brinquedo.
Bonequinha: Vagabunda.

Mascarado: Homem que oculta sua identidade (Zorro, Homem-Aranha...)
Mascarada: Vagabunda.

Atirado: Semelhante a aventureiro, sempre disponível.
Atirada: Vagabunda.

Pistoleiro: Homem que mata pessoas.
Pistoleira: Vagabunda.

Homem da vida: Pessoa letrada pela sabedoria adquirida ao longo da vida.
Mulher da vida: Vagabunda.



Aviso de comunicação interno

 

De: Diretor Presidente
Para: Gerente
Na próxima sexta-feira, aproximadamente às 17 horas, o cometa Halley estará nesta área. Trata-se de um evento que ocorre somente a cada 78 anos. Assim, por favor, reúna os funcionários no pátio da fábrica, todos usando capacete de segurança, quando explicarei o fenômeno a eles. Se estiver chovendo, não poderemos ver o raro espetáculo a olho nu, sendo assim, todos deverão se dirigir ao refeitório, onde será exibido um filme documentário sobre o cometa Halley.

De: Gerente
Para: Supervisor
Por ordem do Diretor Presidente, na sexta-feira, às 17 horas, o cometa Halley vai aparecer sobre a fábrica. Se chover, por favor, reúna os funcionários, todos de capacete de segurança, e os encaminhe ao refeitório, onde o raro fenômeno terá lugar, o que acontece a cada 78 anos a olho nu.

De: Supervisor
Para: Chefe de Produção
A convite do nosso querido Diretor, o cientista Halley, 78 anos, vai aparecer nu no refeitório da fábrica usando capacete, pois vai ser apresentado um filme sobre o problema da chuva na segurança. O Diretor levará a demonstração para o pátio da fábrica.

De: Chefe de Produção
Para: Mestre
Na sexta-feira, às 17 horas, o Diretor, pela primeira vez em 78 anos, vai aparecer no refeitório da fábrica para filmar o Halley nu, o cientista famoso e sua equipe. Todo mundo deve estar lá de capacete, pois vai ser apresentado um show sobre a segurança na chuva. O Diretor levará a banda para o pátio da fábrica.

De: Mestre
Para: Funcionários
Todo mundo nu, sem exceção, deve estar com os seguranças no pátio da fábrica na próxima sexta-feira, às 17 horas, pois os manda-chuva (o Diretor) e o Sr.Halley, guitarrista famoso, estarão lá para mostrar o raro filme "Dançando na chuva". Caso comece a chover mesmo, é para ir para o refeitório de capacete na mesma hora. O show será lá, o que ocorre a cada 78 anos.

AVISO GERAL
Na sexta-feira o chefe da Diretoria vai fazer 78 anos, e liberou geral pra festa, às 17 horas no refeitório. Vai estar lá, pago pelo manda-chuva, Bill Halley e seus cometas. Todo mundo deve estar nu e de capacete, porque a banda é muito louca e o rock vai rolar solto até no pátio, mesmo com chuva.

 
 


Matou a velhinha

Um casal decide passar férias numa praia do Caribe, no mesmo hotel onde passaram a lua-de- mel há 20 anos. Por problemas de trabalho, a mulher não pode viajar com seu marido, deixando para ir uns dias depois. Quando o homem chegou e foi para seu quarto do hotel, viu que havia um computador com acesso a internet. Então decidiu enviar um e-mail a sua mulher, mas errou uma letra sem se dar conta e o enviou a outro endereço... O e-mail foi recebido por uma viúva que acabara de chegar do enterro do seu marido e que ao conferir seus e-mails desmaiou instantaneamente. O filho, ao entrar na casa, encontrou sua mãe desmaiada, perto do computador, onde na tela poderia se ler:
"- Querida esposa: Cheguei bem. Provavelmente se surpreenda em receber notícias minhas por e-mail, mas agora tem computador aqui e se pode enviar mensagens às pessoas queridas. Acabo de chegar e já me certifiquei de que já está tudo preparado para sua chegada na sexta que vem. Estou com muita vontade de vê-la e espero que sua viagem seja tão tranquila quanto a minha."



Gafes no tribunal



Advogado: - Qual é a data do seu aniversário?
Testemunha: - 15 de julho.
Advogado: - Que ano?
Testemunha: - Todo ano.

Advogado: - Essa doença, a miastenia gravis, afeta sua memória?
Testemunha: - Sim.
Advogado: - E de que modo ela afeta sua memória?
Testemunha: - Eu esqueço das coisas.
Advogado: - Você esquece... Pode nos dar um exemplo de algo que você tenha esquecido?

Advogado: - Que idade tem seu filho?
Testemunha: - 38 ou 35, não me lembro.
Advogado: - Há quanto tempo ele mora com você?
Testemunha: - Há 45 anos.

Advogado: - Qual foi a primeira coisa que seu marido disse quando acordou aquela manhã?
Testemunha: - Ele disse, "Onde estou, Bete?"
Advogado: - E por que você se aborreceu?
Testemunha: - Meu nome é Célia.

Advogado: - Me diga, doutor... não é verdade que, ao morrer no sono, a pessoa só saberá que morreu na manhã seguinte?

Advogado: - Seu filho mais novo, o de 20 anos...
Testemunha: - Sim.
Advogado: - Que idade ele tem?

Advogado: - Sobre esta foto sua...o senhor estava presente quando ela foi tirada?

Advogado: - Então, a data de concepção do seu bebê foi 08 de agosto?
Testemunha: - Sim, foi.
Advogado: - E o que você estava fazendo nesse dia?

Advogado: - Ela tinha 3 filhos, certo?
Testemunha: - Certo.
Advogado: - Quantos meninos?
Testemunha: - Nenhum
Advogado: - E quantas eram meninas?

Advogado: - Sr. Marcos, por que acabou seu primeiro casamento?
Testemunha: - Por morte do cônjuge.
Advogado: - E por morte de que cônjuge ele acabou?

Advogado: - Poderia descrever o suspeito?
Testemunha: - Ele tinha estatura mediana e usava barba.
Advogado: - E era um homem ou uma mulher?

Advogado: - Doutor, quantas autópsias o senhor já realizou em pessoas mortas?
Testemunha: - Todas as autópsias que fiz foram em pessoas mortas...

Advogado: - Aqui na corte, para cada pergunta que eu lhe fizer, sua resposta deve ser oral, Ok? Que escola você freqüenta?
Testemunha: - Oral.

Advogado: - - Doutor, o senhor se lembra da hora em que começou a examinar o corpo da vitima?
Testemunha: - Sim, a autópsia começou às 20:30 h.
Advogado: - E o Sr. Décio já estava morto a essa hora?
Testemunha: - Não... Ele estava sentado na maca, se perguntando porque eu estava fazendo aquela autópsia nele.

Advogado: - O senhor está qualificado para nos fornecer uma amostra de urina?

Advogado: - Doutor, antes de fazer a autópsia, o senhor checou o pulso da vítima?
Testemunha: - Não.
Advogado: - O senhor checou a pressão arterial?
Testemunha: - Não.
Advogado: - O senhor checou a respiração?
Testemunha: - Não.
Advogado: - Então, é possível que a vítima estivesse viva quando a autópsia começou?
Testemunha: - Não.
Advogado: - Como o senhor pode ter essa certeza?
Testemunha: - Porque o cérebro do paciente estava num jarro sobre a mesa.
Advogado: - Mas ele poderia estar vivo mesmo assim?
Testemunha: - Sim, é possível que ele estivesse vivo e cursando Direito em algum lugar!