sexta-feira, 27 de maio de 2011

Humor: Plágio

fonte: http://www.umsabadoqualquer.com/category/nietzsche/


1. Às vezes, nos deparamos com tantos textos semelhantes que nos faz questionar qual é o original e qual é o plágio. A tira nos mostra uma informação significativa para diferenciarmos um do outro. Qual?

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Gênero lírico

Gênero lírico

Quando um texto revela o mundo interior do artista, isto é, seus sentimentos, suas emoções, seus desejos; dizemos que esse texto pertence ao gênero lírico. Lirismo, portanto, é a expressão da subjetividade. O "eu" que fala através do texto é conhecido como eu-lírico ou eu-poético. Na Grécia, a lira era o instrumento usado para acompanhar a declamação de poemas. Acreditava-se que o som suave da lira contribuía para a musical idade do texto e para despertar emoções nos ouvintes.
 
Noções poéticos básicos:
O que é poema? O poema é um texto artístico construído em versos que procuram passar as idéias e sentimentos do autor, despertando a musicalidade das palavras. Essa sonoridade vem através de recursos como ritmo, rimas, aliteração, assonância etc. A musicalidade é imprescindível para o poema, o que não ocorre com o texto em prosa, isto é, aquele escrito em parágrafos.

O que é poesia? Esta palavra tem basicamente três significações. Fazer poesia é a arte de fazer versos, é a técnica. Um texto em versos também pode ser chamado de poesia. E poesia pode ser um estado emotivo, isto é, encontramos poesia em tudo que toca nossa alma, despertando emoções e prazer estético, indignação, reflexão ...

Eu-lírico: a voz que fala no poema. Ele também é um entidade literária, criada justamente para desvincular o autor do texto poético do "eu" que nele se manifesta. O eu-lírico é marcado pelas formas verbais flexionadas na primeira pessoa e pronomes pessoais. .

Formas fixas: o SONETO, composição poética de 14 versos distribuídos em dois quartetos e dois tercetos, como bem exemplifica o "Soneto de fidelidade".

Soneto de Fidelidade
Vinicius de Moraes

De tudo ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.

Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento

E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama

Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.


O verso: cada linha poética.  

A estrofe: conjunto de versos de um poema.  

 Métrica: contagem das sílabas que compõem o verso, até a última sílaba tônica. Mais conhecidos: (5) pentassílabos (Redondilha menor); (7) heptassílabos (redondilha maior), (10) decassílabos e (12) dodecassílabos (alexandrinos).

            A / mo-/ te / tan / to /, meu / a / mor/ ... não / can / te.
            1     2     3     4     5      6      7    8         9       10

            O   hu / ma / no /   co/ ra / cão/  com/  mais/  ver/ da/ de.
            1           2     3      4    5     6       7     8        9    10


            A rima: é a semelhança de sons entre as palavras que se localizam no fim ou no meio de versos diferentes.


De tudo ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento


A
B
B
A

"O poema"
Herberto Helder

Um poema cresce inseguramente
na confusão da carne.
Sobe ainda sem palavras, só ferocidade e gosto,
talvez como sangue
ou sombra de sangue pelos canais do ser.

Fora existe o mundo. Fora, a esplêndida violência
ou os bagos de uva de onde nascem
as raízes minúsculas do sol.
Fora, os corpos genuínos e inalteráveis
do nosso amor,
os rios, a grande paz exterior das coisas,
as folhas dormindo o silêncio,
- a hora teatral da posse.

E o poema cresce tomando tudo em seu regaço.
E já nenhum poder destrói o poema.
Insustentável, único,
invade as órbitas, a face amorfa das paredes,
e a miséria dos minutos,
e a força sustida das coisas,
e a redonda e livre harmonia do mundo.
- Embaixo o instrumento perplexo ignora
a espinha do mistério.

- E o poema faz-se contra o tempo e a carne


CQC - discute nova cartilha do Mec




Leia agora um trecho da cartilha e responda:  Qual é a sua opinião sobre ela?

domingo, 8 de maio de 2011

Aversão à escola



Reflita:

1. Quais são os problemas da educação brasileira?
2. Do autoritarismo ao liberalismo, o que mudou da década de 90 para cá na educação brasileira?
3. Quanto o ECA influencia no sistema educacional?
4. Professores e escola reféns do sistema educacional? Comente.
5. A escola é mais um espaço social, uma rede social, extensão da internet, mas off line?
6. Que mudanças são necessárias na educação?
7. Qual é o papel da família na educação dos filhos?

domingo, 1 de maio de 2011

Conto 3


Conforme Machado de Assis, o conto “É um gênero difícil, a despeito da sua aparente facilidade”. Já Mário de Andrade lembra que “[...] em verdade, sempre será conto aquilo que seu autor batizou com o nome de conto” e Júlio Cortázar “[...] esse gênero de tão difícil definição, tão esquivo nos seus múltiplos e antagônicos aspectos.”  Ora, quando Cortázar estuda a obra de Alan Poe, define o  conto como “1) relato de um acontecimento; 2. Narração oral ou escrita de um acontecimento falso; 3. Fábula que se conta às crianças para diverti-las.”
Concordo com os autores, uma vez que a definição do conto é tênue. Conto, novela e crônica são gêneros muito próximos. Se alguns críticos literários definem “O alienista”, obra de Machado de Assis, como um conto, quem sou eu para dizer que é uma novela?
Mas algumas características são mais marcantes no conto, como por exemplo, o conflito e a extensão da narrativa. Se na crônica não há o conflito propriamente dito, no conto podemos identificá-lo; ambas as narrativas são breves. Na novela, há o conflito, assim como no conto, e centraliza-se em um personagem, mas a extensão da narrativa é intermediária entre o conto e o romance. Há quem os considere gênero menor, pela brevidade, mas exige do autor domínio da técnica para cativar o leitor.
O conto, portanto, é uma narrativa curta, centrado num só conflito e num só personagem, com uma linguagem enxuta e particular. O escritor de contos é um aracnídeo, que tece docemente as palavras, capaz de atrair sua presa, sem dó e sem piedade, aos “enredados” fios da narrativa. Pobre leitor, nunca mais será o mesmo.