terça-feira, 21 de março de 2017

Quinhentismo - exercícios



1. O que revelam os relatos de viagem produzidos durante o Quinhentismo brasileiro?


2. Por que o Quinhentismo não pode ser considerado uma escola literária? Qual a correta denominação para esse período?


3. Os portugueses não encontraram na terra recém-descoberta aquilo que mais lhes interessava. Identifique o que Caminha humildemente propõe ao monarca nos trechos:
a) “De tal maneira é graciosa que, querendo aproveitá-la dar-se-á nela tudo por bem das águas que tem”.





b) “Mas o melhor fruto que nela se pode fazer, me parece que será salvar esta gente”.




4. Qual era a finalidade da literatura jesuíta?

Leia o texto atentamente o texto que segue:

A busca da razão



Sofreu muito com a adolescência.
Jovem, ainda se queixava.
Depois, todos os dias subia numa cadeira, agarrava uma argola presa ao teto e, pendurado, deixava-se ficar.
Até a tarde em que se desprendeu esborrachando-se no chão:estava maduro.
(COLOSANTI, Marina in: op. cit.p.328)
Releia o ultimo parágrafo do texto e responda: qual ou quais conjunções poderia ser utilizadas em substituição aos dois pontos?

Literatura Afro-brasileira


Literatura Afro-brasileira – um conceito em construção, processo e devir. Além de segmento ou linhagem, é componente de amplo encadeamento discursivo. Ao mesmo tempo dentro e fora da Literatura Brasileira. Constitui-se a partir de textos que apresentam temas, autores, linguagens mas, sobretudo, um ponto de vista culturalmente identificado à afrodescendência, como fim e começo. Sua presença implica re-direcionamentos recepcionais e suplementos de sentido à história literária canônica.

literafro – Portal da Literatura Afro-brasileira. Objetivo: divulgar e estimular a pesquisa e a reflexão a respeito da produção literária dos brasileiros afrodescendentes. Lugar rizomático, elo e ponto de encontro. Mas, também, ambiente lacunar, feito de presenças e ausências, que adquire sentido pelo que apresenta e pelo que ainda está por vir e apresentar. Espaço em construção, aberto sempre a visitas e intervenções.
Eduardo de Assis Duarte
Coordenador do Projeto
Luiz Francisco Dias
Diretor da FALE-UFMG

Leia o artigo de Eduardo de Assis Duarte: Literatura Afro-brasileira: um conceito em construção http://www.letras.ufmg.br/literafro/





   

exercícios para estimular o cérebro


A perseguição de carro


Um BMW em alta velocidade contornou o tribunal, perseguido por um Mercedes preto. Cantando pneu, furou um sinal que estava passando para o vermelho e, por pouco, não atropelou um idoso que atravessava a rua com uma bengala e uma sacola de supermercado. Um carro da polícia vinha no sentido oposto com as luzes e a sirene ligadas. O BMW desviou-se para evitar o carro da polícia, mas o Mercedes bateu num hidrante, que começou a esguichar água, fazendo a alegria das crianças no bairro.


PERGUNTAS

1 – Em que direção vinha o carro da polícia?

2 – Quantas coisas o idoso carregava?

3 – Qual a cor do sinal de trânsito?

4 – Qual dos carros bateu no hidrante?

coesão e coerência


Coesão Textual

1. Completa o excerto que se segue com as palavras abaixo indicadas: AVC ao volante

É a maior causa de morte em Portugal e, em alguns casos, o acidente vascular cerebral (AVC) ocorre ao volante. Um auxílio rápido é, _________, fundamental para evitar consequências muito graves. A BMW está a trabalhar numa maneira de ajudar, num caso como este. O cenário é simples: um condutor segue na faixa da esquerda numa autoestrada ______ sofre um AVC, ou um ataque de coração que o impossibilita de continuar a dominar o automóvel.
O sistema deteta o que aconteceu ao condutor, através da mudança dos padrões de condução, e toma controlo da situação. _______, acende os quatro piscas, ______ mantém a acelera¬ção constante e manobra a direção para manter o carro na sua faixa. ________, faz pisca para a direita e os sensores laterais detetam ______ a faixa da direita está livre. O carro muda _____ para essa faixa e começa gradualmente a reduzir a velocidade. Procura uma berma segura e faz, ¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬_______, pisca para a direita, reduz mais a velocidade e.
estaciona o carro de forma segura na berma. Aciona ______________ os quatro piscas e faz uma
chamada de emergência para o 112, comunicando as coordenadas do veículo.
Dentro de pouco tempo, o condutor inativo recebe auxílio de um veículo de assistência médica. As vantagens para o próprio são óbvias ______, durante o processo, também se evitaram potenciais colisões com os outros utentes das estradas. É o Emergency Stop Assistant.

Super interessante n. ° T53, janeiro de 2011

mas - primeiro - muitas vezes - quando - então - novamente - em seguida - depois - finalmente



1.1. O conjunto de palavras utilizadas no exercício denomina-se:
a) advérbios
b) conectorés
c) conjunções
d) locuções

2. Lê cada período com muita atenção e, no teu caderno, ordena-os de forma a assegurares a coerência textual do artigo sobre o Facebook no mundo.
( ) a) Eram dados a mais, por um lado (embora tivesse começado com uma amostra de dez milhões), e, por outro, os mecanismos informáticos de que dispunha não estavam à altura de representar com subtileza o emaranhado de relações internacionais e intercontinentais.
(1) b) A ideia de Paul Butler era simples, como todas as boas ideias: pegar nos dados relativos às "amizades" dos 500 milhões de membros do Facebook e tentar visualizá-los num mapa.
( ) c) Porém, Butler insistiu e acabou por encontrar uma forma de tratar os dados e traduzi-los num mapa.
( ) d) A China e a Rússia estão praticamente ausentes deste gráfico da pegada humana no século XXI.
( ) e) Não foi tarefa fácil, como confessa no seu blogue (http://www.facebook.com/notes/face-book-engineering/visualizing-friendships/469716398919).
( ) f) nele veem-se também grandes manchas que indicam zonas desérticas ou pouco habitadas (quase toda a África e uma grande parte da América do Sul), mas também áreas de infoexclusão (o Nordeste brasileiro, a metade sul do continente africano) e outras onde os governos controlam com mão de ferro a presença dos seus cidadãos no mundo digital.
( ) g) O resultado é um atlas da presença do Facebook no mundo, mas é bastante mais do que isso: nele veem-se nitidamente os contornos dos continentes e até algumas fronteiras nacionais (há muito mais utilizadores em Portugal do que em Espanha, por exemplo);


Super interessante n.º 153, janeiro de 2011

Pegação


Denatran apela para “pegação” 
em campanha educativa para o Carnaval

Por DiAfonso [editor-geral do Terra Brasilis]
O Denatran [Departamento Nacional de Trânsito], órgão subordinado ao Ministério das Cidades, resolveu estimular a “pegação” neste carnaval. As cidades-alvos foram Recife, Rio de Janeiro e Salvador que, como se sabe, são polos carnavalescos para lá de animados.
Quem já começou a se indignar com a informação, recomendamos muita calma, pois o propósito do Denatran é, por assim dizer, nobre. ‘Pegação” ["A melhor pegada", no texto da campanha] não tem o sentido que, convencionalmente, se atribui. Não significa se relacionar sensualmente com alguém ou mesmo bolinar outro[a]. “Pegação” é pedagógico e pretende conscientizar motoristas a se valerem de táxis, ônibus e caronas neste período momesco, evitando, desse modo, acidentes de trânsito na volta para casa ou na ida para os polos de  animação.
Interessante notar que a propaganda institucional veiculada pelo órgão fez uso, a partir da expressão “A melhor pegada”, da ambiguidade [1] como recurso linguístico para convencer os foliões e as folionas [o feminino "foliã", de largo uso na comunidade linguística brasileira, não é "indicado" pela norma ortográfica oficial vigente. Isso não tem a menor importância no estágio de análise que ora desenvolvemos].
A campanha “SOU LEGAL NO TRÂNSITO” para o período carnavalesco apoia-se  na ambiguidade como  recurso expressivo auxiliar, a fim de fazer com que os foliões “criem juízo” e não aliem álcool com direção. Para isso foram confeccionados “manuais”, wallpapersaquadoors, camisetas, painéis e outras peças [ver imagens abaixo] com o objetivo de disseminar a orientação.
A ambiguidade percebida nas diversas peças intenciona atingir o imaginário do folião[ona] enquanto destinatário[a] por excelência, já que, ao apelar para o componente sexual -  implicitado no campo semântico da expressão “A melhor pegada” e na apresentação de modelos masculino e feminino abraçados ou não -, ativa, subliminarmente, uma certa “interdição” para o ato. Diríamos, para os atos: a “pegação” no sentido sexual e a irresponsabilidade de dirigir após a ingestão de álcool.
Claro deve ficar que só a abordagem global das peças – envolvendo as várias linguagens [verbal e não-verbal] – e o conhecimento de mundo do receptor desfazem a ambiguidade e proporcionam uma leitura que pretende expressar uma vontade: a de que não haja acidentes automobilísticos por imprudência e irresponsabilidade.
Por essa ótica, “A melhor pegada” assume um sentido educativo, pois sugere o uso de outros meios de transportes, de certo modo mais seguros.
Pode-se dizer, então, que a eficiência comunicativa se realiza nesta campanha pelo uso dos recursos que a língua oferece, isto é, pelo uso da ambiguidade como recurso de construção da mensagem.
Fonte: http://pontoecontraponto.com.br/?p=5992

(Universidade Estadual da Paraíba 2011) 

- Não deixe sua cadela entrar na minha casa de novo. Ela está cheia de pulgas.
- Diana, não entre nessa casa de novo. Ela está cheia de pulgas.

Em relação à interlocução que se estabelece na piada acima, analise as proposições e coloque V para as verdadeiras e F para as falsas.

( ) O termo “ela” nas duas falas dos interlocutores faz alusão aos mesmos referentes, considerando-se a comicidade na construção de sentido do texto.
( ) O humor da piada se efetiva, em razão da ambigüidade causada pelo pronome “ela”, o que ocasiona o desfecho do diálogo.
( ) A referenciação contida no texto, por meio do termo “ela”, estabelece um exemplo de coesão anafórica.

Resposta: F/V/V

(UNICAMP 2004)

Por ocasião da comemoração do dia dos professores, no mês de outubro de 2003, foi veiculada a seguinte propaganda, assinada por uma grande corporação de ensino:

Parabéns. (Pl. de parabém). S. m. pl. 1. Felicitações, congratulações. 2. Oxítona terminada em ens, sempre acentuada. Acentuam-se também as terminadas em a, as, e, ES, o, os e em.

Para a homenagem ao Dia do Professor ser completa, a gente precisava ensinar alguma coisa.

a) Observe os itens 1 e 2 do verbete Parabéns no interior do quadro. Há diferenças entre eles. Aponte-as.
b) Levando em conta o enunciado que está abaixo do quadro, a quem se dirige essa propaganda?
c) Diferentes imagens da educação escolar sustentam essa propaganda. Indique pelo menos duas dessas imagens.


Conferir resolução do Objetivo em:

http://www.curso-objetivo.br/vestibular/resolucao_comentada/unicamp/unicamp2004_2fase.asp?img=01




Leia as frases abaixo:
I. Os invasores deixaram destruída a cidade.
II. Os invasores deixaram a cidade destruída.
A respeito das frases acima, todas as alternativas abaixo dão uma informação adequada, exceto em
( A ) I, porque deixaram significa tornaram, fizeram ficar.
( B ) II, uma vez que deixaram significa tornaram ou foram embora.
( C ) I, pois destruída é adjunto adnominal.
( D ) II, sendo que destruída pode ser uma característica constante do substantivo cidade ou uma
característica circunstancial, dependendo do sentido que se atribuir ao verbo deixar.
( E ) II, porque se tem ambiguidade.


Tráfico tem como parônimo o vocábulo tráfego, com o qual não pode ser confundido; o item abaixo que está mal redigido porque houve a substituição indevida de um vocábulo por seu parônimo é:
0 - O criminoso foi preso em flagrante; 1 - Os criminosos expiam suas culpas na prisão; 2 - O acusado pediu despensa do depoimento; 3 - O prisioneiro decidiu delatar o cúmplice; 4 - Era iminente a prisão do grupo.
Fonte: http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/ortografia/ortoepia-e-prosodia-2.php#ixzz20HFVpyNh

Leia as frases seguintes e memorize as palavras abaixo
O mendigo surrupiou a bandeja de caranguejo com mortadela que estava sobre o bebedouro do cabeleireiro. O irrequieto menino cuspiu as jabuticabas na manteigueira prazerosamente. Tomara que lhe dê disenteria. O aleijado estuprou a dignitária da entidade beneficente. Ela é a signatária do documento reivindicatório ao meritíssimo juiz do serviço de terraplenagem. O hidravião aterrissou nos arrabaldes da cidade, transformando em empecilho o que seria um privilégio.

figuras de linguagem

Textos divertidos para explicar as Figuras de Linguagem

Aulas de Figuras de Linguagem geralmente são traumatizantes para os alunos. Além de não entenderem nada sobre o funcionamento discursivo das figuras no texto, os pobres estudantes ainda são obrigados a decorar nomes simpatiquíssimos como "catacrese" e "zeugma". 

Para tentar evitar anos no divã, nada melhor do que tornar as figuras de linguagem um pouco mais próximas das linguagem dos alunos, através de textos divertidos. Alguns exemplos seguem abaixo (eu, pelo menos, me divirto com eles).

EUFEMISMOS

11 Expressões Que Aprendi no Decorrer da Vida Usadas Pelas Mulheres...
e seus reais  significados:

1 – “Certo”: Esta é a palavra que as mulheres usam para encerrar uma discussão quando elas estão certas e você precisa se calar.
2 – “5 minutos”: Se ela está se arrumando significa meia hora. “5 minutos” só são cinco minutos se esse for o prazo que ela te deu para ver o futebol antes de ajudar nas tarefas domésticas.
3 – “Nada”: Esta é a calmaria antes da tempestade. Significa que ALGO está acontecendo e que você deve ficar atento. Discussões que começam em “Nada” normalmente terminam em “Certo”.
4 – “Você que sabe”: É um desafio, não uma permissão. Ela está te desafiando, e nessa hora você tem que saber o que ela quer…e não diga que também não sabe!
5 – Suspiro ALTO: Não é realmente uma palavra, é uma declaração não-verbal que frequentemente confunde os homens. Um suspiro alto significa que ela pensa que você é um idiota e que ela está imaginando porque ela está perdendo tempo parada ali discutindo com você sobre “Nada”.
6 – “Tudo bem”: Uma das mais perigosas expressões ditas por uma mulher. “Tudo bem” significa que ela quer pensar muito bem antes de decidir como e quando você vai pagar por sua mancada.
7 – “Obrigada”: Uma mulher está agradecendo, não questione, nem desmaie. Apenas diga “por nada”. (Uma colocação pessoal: é verdade, a menos que ela diga “MUITO obrigada” – isso é PURO SARCASMO e ela não está agradecendo por coisa nenhuma. Nesse caso, NÂO diga “por nada”. Isso apenas provocará o “Esquece”).
8 – “Esquece”: É uma mulher dizendo “FODA-SE !!”
9 – “Deixa pra lá, EU resolvo”: Outra expressão perigosa, significando que uma mulher disse várias vezes para um homem fazer algo, mas agora está fazendo ela mesma. Isso resultará no homem perguntando “o que aconteceu?”. Para a resposta da mulher, consulte o item 3.
10 – “Precisamos conversar !”: Fodeu !! Você está a 30 segundos de levar um pé na bunda.
11 – “Sabe, eu estive pensando…”: Esta expressão até parece inofensiva, mas usualmente precede os Quatro Cavaleiros do Apocalipse…


Mais um textinho...

A seguir, algumas dicas para melhorar um pouco o seu curriculum, falando de seus empregos anteriores:

* Especialista em Marketing Impresso (boy da xerox)
* Supervisor Geral de Bem-Estar, Higiene e Saúde (faxineiro)
* Oficial Coordenador de Movimentação Interna (porteiro)
* Oficial Coordenador de Movimentação Noturna (vigia)
* Distribuidor de Recursos Humanos (motorista de ônibus)
* Distribuidor de Recursos Humanos VIP (motorista de táxi)
* Distribuidor Interno de Recursos Humanos (Ascensorista)
* Diretora de Fluxos e Saneamento de Áreas (a tia que limpa o banheiro)
* Especialista em Logística de Energia Combustível (frentista)
* Auxiliar de Serviços de Engenharia Civil (peão de obra)
* Segundo Auxiliar de Serviços de Engenharia Civil (oreia seca)
* Especialista em Logística de Documentos (office-boy)
* Especialista Avançado em Logística de Documentos (motoboy)
* Consultor de Assuntos Gerais e Não Específicos (vidente)
* Técnico de Marketing Direcionado (distribuidor de santinho em esquinas)
* Especialista em Logística de Alimentos (garçom)
* Coordenador de Fluxo de Artigos Esportivos (gandula)
* Distribuidor de Produtos Alternativos de Alta Rotatividade (camelô)
* Técnico Saneador de Vias Públicas (gari)
* Técnico em Engenharia de Alimentos (cozinheiro)
* Assistente Educacional Infantil (babá)

COMPARAÇÕES

... Ex-namorado é que nem vestido: você vê em foto antiga e não acredita que teve coragem de um dia sair com aquilo!

... Eu sempre quis ter o corpo de um atleta. Graças ao Ronaldo isso já é possível.       


IRONIAS

LEI DA PROCURA INDIRETA:
  • O modo mais rápido de encontrar uma coisa é procurar outra.
  • Você sempre encontra aquilo que não está procurando.
LEI DA TELEFONIA:
  • Quando te ligam: se você tem caneta, não tem papel. Se tiver papel, não tem caneta. Se tiver ambos, ninguém liga.
  • Quando você liga para números errados de telefone, eles nunca estão ocupados.
  • Parágrafo único: Todo corpo mergulhado numa banheira ou debaixo do chuveiro faz tocar o telefone.
LEI DAS UNIDADES DE MEDIDA:
  • Se estiver escrito 'Tamanho Único', é porque não serve em ninguém, muito menos em você...
LEI DA GRAVIDADE:
  • Se você consegue manter a cabeça enquanto à sua volta todos estão perdendo, provavelmente você não está entendendo a gravidade da situação.
LEI DOS CURSOS, PROVAS E AFINS:
  • 80% da prova final será baseada na única aula a que você não compareceu e os outros 20% serão baseados no único livro que você não leu.
LEI DA QUEDA LIVRE:
  • Qualquer esforço para agarrar um objeto em queda provoca mais destruição do que se o deixássemos cair naturalmente.
  • A probabilidade de o pão cair com o lado da manteiga virado para baixo é proporcional ao valor do carpete.
LEI DAS FILAS E DOS ENGARRAFAMENTOS:
  • A fila do lado sempre anda mais rápido.
  • Parágrafo único: Não adianta mudar de fila. A outra é sempre mais rápida.
LEI DO ESPARADRAPO:
  • Existem dois tipos de esparadrapo: o que não gruda e o que não sai.
LEI DA VIDA:
  • Uma pessoa saudável é aquela que não foi suficientemente examinada.
  • Tudo que é bom na vida é ilegal, imoral, engorda ou engravida.
LEI DA ATRAÇÃO DE PARTÍCULAS:

·   Toda partícula que voa sempre encontra um olho aberto.



Mais um...


CONVITE PARA PALESTRAS


A FACM - Fundação Antonio Carlos Magalhães têm a honra de convidar  V.Sa. para um ciclo de palestras abordando vários assuntos de   interesse geral, para seu engrandecimento social e profissional,  visando única e exclusivamente a formação de pessoas capazes, como seu  patrono, para serem líderes e governarem de forma justa o nosso querido país.

Palestras:

Raciocínio Lógico
Palestrantes:
Manhã: Carla Perez
Tarde: Luciana Gimenez

Aceitando os Erros e Mantendo a Serenidade no Fracasso
Palestrantes: Emerson Leão e Luiz Felipe Escolari

Controle Emocional
Palestrante: Edmundo e Marcelinho Carioca

Etiqueta Social e Bons Modos
Palestrantes:
Manhã: Senador Antonio Carlos Magalhães
Tarde: Senador Jader Barbalho

Construindo para DurarPalestrante: Eng. Civil Sérgio Naya

Falando a VerdadePalestrantes: Paulo Maluf e Luiz Estevão
Módulo Especial com Antonio Carlos Magalhães

Como se Livrar das DrogasPalestrante: Diego Armando Maradona

Fidelidade no CasamentoPalestrantes: Bill Clinton, Ronaldinho e Romário

Mantendo a FormaPalestrante: Jô Soares

http://napontadanossalingua.blogspot.com.br/2012/03/textos-divertidos-para-explicar-as.html

quinta-feira, 6 de junho de 2013

CONTO: O ciclista de Dalton Trevisan

O ciclista

Curvado no guidão lá vai ele numa chispa. Na esquina dá com o sinal vermelho e não se perturba – levanta vôo bem na cara do guarda crucificado. No labirinto urbano persegue a morte como trim-trim da campainha: entrega sem derreter sorvete a domicílio.
É sua lâmpada de Aladino a bicicleta e, ao sentar-se no selim, liberta o gênio acorrentado ao pedal. Indefeso homem, frágil máquina, arremete impávido colosso, desvia de fininho o poste e o caminhão; o ciclista por muito favor derrubou o boné.
Atropela gentilmente e, vespa furiosa que morde, ei-lo defunto ao perder o ferrão. Guerreiros inimigos trituram com chio de pneus o seu diáfono esqueleto. Se não se estrebucha ali mesmo, bate o pó da roupa e – uma perna mais curta – foge por entre nuvens, a bicicleta no ombro.
Opõe o peito magro ao pára-choque do ônibus. Salta a poça d´água no asfalto. Nem só corpo, touro e toureiro, golpeia ferido o ar nos cornos do guidão.
Ao fim do dia, José guarda no canto da casa o pássaro de viagem. Enfrenta o sono trim-trim a pé e, na primeira esquina, avança pelo céu na contramão, trim-trim.
(Dalton Trevisan)

ATIVIDADES:

1- O conto é exemplo da prosa urbana da literatura contemporânea. Explique por quê.

2- A linguagem do conto é figurada. Explique as seguintes expressões:
a) “ Lâmpada de Aladino”_________________________________________
b) “...touro e toureiro,golpeia ferido o ar nos cornos do guidão.”__________________________________________________________

3- Dê uma interpretação `a última frase do conto.

4- Na expressão: “... levanta vôo bem na cara do guarda crucificado”.A expressão grifada está corretamente interpretada em:
(A) O guarda está descontente com o trânsito.
(B) O guarda abre os braços para expressar o caos do trânsito.
(C) O guarda sente-se explorado ao exercer sua função.
(D) O guarda fica de braços abertos para impedir o ciclista de ultrapassar o sinal.
(E) N.D.A.

5- O tratamento dispensado ao ciclista no trânsito da cidade grande está bem representado em:
(A) “Enfrenta o sono trim-trim.”
(B) “Guerreiros inimigos trituram com chio de pneus o seu diáfano esqueleto”.
(C) “Curvado no guidão lá vai ele numa chispa”.
(D) “...golpeia ferido o ar nos cornos do guidão”.
(E) “...desvia de fininho o poste e o caminhão;”

segunda-feira, 15 de abril de 2013

Escrever, por quê?


Escrever, por quê?

Por que escrevo: como encontrar algo de original para dizer na décima, na quinquagésima ou centésima vez, sendo atenciosa como qualquer pessoa merece, sobretudo um estudante ou profissional das perguntas?
A resposta direta seria: escrevo porque sou ambivalente, insegura e desejosa de cumplicidade.
Mas, com uma pontinha de malícia, às vezes dou uma resposta torta: a questão não é por quê, mas “sobre o que escrevo”.
De que falo, então, ao fazer minha literatura?
Um dos rótulos usados em relação a isso é “ela escreve sobre mulheres”. Constatação falhada, pois mulheres não são meus personagens exclusivos, nem mesmo os mais elaborados: são homens e crianças, casas com sótão e porões, dramas ou banalidade. Falo também do estranho atrás de portas, mortos que vagam e vivos que amam ou esperam.
Escrevo sobre o que me assombra, às vezes desde a infância.
Escrever para mim é sobretudo indagar: continuo a menina perguntadeira que perturbava os almoços familiares querendo saber tudo, qualquer coisa, o tempo todo. Portanto, escrevo para obter respostas que – eu sei – não existem... por isso continuo escrevendo.
E escrevo sobre possibilidades de ser mais feliz – isso, eu sei também, depende um pouco de cada um de nós, de nossa honradez interior, nossa fé no ser humano, nosso compromisso com a dignidade. De sorte, e de decisões que muitas vezes só anos depois poderemos avaliar.
Falo do que somos: nobres e vulgares, sonhadores e consumidores, soprados de esperança e corroídos de terror, generosos e tantas vezes mesquinhos. Invento para minhas criaturas muito mais do que expresso em linhas ou silêncios – sempre o mais importante de um texto meu. Mesmo que nem mencione, sei se aquela mulher usa algodão ou sedas, se a escada range quando ela caminha – ainda que nenhum desses detalhes apareça no romance. Conheço a solidão daquele homem, se cultiva medos secretos, se pensa na morte, se desejaria ser mais amado.
E quando começo a “ser” essa pessoa, quando o clima da obra me envolve e arrasta, chegou o momento em que o livro quer ser escrito. Então estarei aberta a ele, escutando o que se passa no meu interior. Boa parte do que eu escrevo brota desse caldeirão de bruxas que é inconsciente e lucidez, memória e invenção, susto e amadurecimento.
São meus e não são, esses vultos com seus destinos e desatinos – que armo e desarmo. De repente aí estão meus personagens: um olho, o contorno de um perfil, um gesto, um riso ou uma tragédia, um silêncio e uma solidão. Persigo a sua busca de significados.
Escrevo porque tenho prazer em elaborar com palavras tantos destinos cujo fio nasce em mim, produzindo novelos para que eu trabalhe minhas tapeçarias.
Escrevo para seduzir leitores: venham ser cúmplices da minha perplexidade fundamental, essa que me move.
Não se pode esquecer também que escrevo propondo uma releitura dos valores familiares e sociais de meu tempo: cada um de meus romances pode e deve ser lido como uma denúncia da hipocrisia, da superficialidade e da mentira nos tipos de relacionamento mais estranhos ou mais comuns. Não é apenas o imponderável e misterioso que me interessa, mas o grande desencontro humano.
O escritor fala pelos outros. Trabalha para que os outros sonhem ou enxerguem melhor coisas que nem ele próprio adivinha – estão além de sua visão, mas dentro do seu pressentimento.
Talvez seja essa a função de toda a arte (se é que ela tem alguma): a libertação e o crescimento de quem a exerce e de quem a vai contemplar.
Nessa medida a pessoa do escritor é desimportante, valem os questionamentos que faz, e a forma com que elabora em textos a nossa essencial contradição – matéria viva de sua contemplação e arte.
(LUFT, Lya. Pensar é transgredir. Rio de Janeiro: Record, 2004. p.179-181.)
                                                        


1) Segundo Lya Luft, ela escreve porque é ambivalente, insegura e desejosa de cumplicidade. Assinale o item que não confirma essa afirmativa.
A) “(...) como encontrar algo de original para dizer na décima, na quinquagésima ou centésima vez, sendo atenciosa como qualquer pessoa merece, sobretudo um estudante ou profissional das perguntas?” (1º §)
B) “Falo do que somos: nobres e vulgares, sonhadores e consumidores, soprados de esperança e corroídos de terror, generosos e tantas vezes mesquinhos.” (9º §)
C) “Escrevo para seduzir leitores: venham ser cúmplices da minha perplexidade fundamental, essa que me move.” (13º §)
D) “Não é apenas o imponderável e misterioso que me interessa, mas o grande desencontro humano.” (14º §)

2) Há uma passagem em que a cronista parece não falar do leitor, mas com o leitor. Assinale a alternativa que comprova a afirmativa.
A) “Escrevo para seduzir leitores: venham ser cúmplices da minha perplexidade fundamental, essa que me move.” (13º §)
B) “Por que escrevo: como encontrar algo de original (...) sendo atenciosa como qualquer pessoa merece, sobretudo um estudante ou profissional das perguntas?” (1º §)
C) “Talvez seja essa a função de toda a arte (se é que ela tem alguma): a libertação e o crescimento de quem a exerce e de quem a vai contemplar.” (16º §)
D) “O escritor fala pelos outros. Trabalha para que os outros sonhem ou enxerguem melhor coisas que nem ele próprio adivinha – estão além de sua visão, mas dentro do seu pressentimento.” (15º §)

3) Levando em conta a discussão sobre a concepção de leitura e os três últimos parágrafos da crônica, assinale a opção que corresponde à visão de leitura da cronista.
A) O sujeito é o senhor absoluto de suas ações e de seu dizer e o texto é um produto, cabendo ao leitor um papel passivo, de captador ou receptor das intenções do autor.
B) O sujeito é assujeitado pelo sistema, e o texto é um produto da codificação de um emissor a ser decodificado pelo leitor, sendo necessário a este, para tanto, o conhecimento do código utilizado.
C) Os sujeitos ativos se constroem e são construídos no texto, que é o lugar da interação e da constituição dos interlocutores. O sentido do texto é construído na interação texto-sujeitos.
D) O sujeito é caracterizado por uma não consciência, já que o princípio explicativo de qualquer fenômeno e de todo e qualquer comportamento individual repousa sobre a consideração do sistema.

4) Há dois momentos que se destacam e se emaranham no seu decorrer: o motivo da escritura e o assunto da escritura. Assinale a afirmação que não define o tema.
A) “Talvez seja essa a função de toda a arte (se é que ela tem alguma): a libertação e o crescimento de quem a exerce e de quem a vai contemplar.” (16º §)
B) “Escrevo sobre o que me assombra, às vezes desde a infância.” (6º §)
C) “Invento para minhas criaturas muito mais do que expresso em linhas ou silêncios – sempre o mais importante de um texto meu.” (9º §)
D) “Portanto, escrevo para obter respostas que – eu sei – não existem... por isso continuo escrevendo.” (7º §)

5) A cronista define a matéria com a qual trabalha como “a nossa essencial contradição” e ela mesma, durante toda a crônica, demonstra a existência desse desencontro dentro de si. Assinale o item que não confirma essa constatação.
A) “Boa parte do que eu escrevo brota desse caldeirão de bruxas que é inconsciente e lucidez, memória e invenção, susto e amadurecimento.” (10º §)
B) “(...) escrevo para obter respostas que – eu sei – não existem... por isso continuo escrevendo.” (7º §)
C) “Escrevo porque tenho prazer em elaborar com palavras tantos destinos cujo fio nasce em mim, produzindo novelos para que eu trabalhe minhas tapeçarias.” (12º §)
D) “... venham ser cúmplices da minha perplexidade fundamental, essa que me move.” (13º §)

Palavras,palavras, palavras

Palavras, palavras, palavras

Criadas pelos humanos, as palavras são suscetíveis ao tempo, como os humanos. Algumas mudam de significado, outras vão desbotando aos poucos, e há as que morrem na inanição do silêncio. Ninguém mais chama o libertino de bilontra, a amante de traviata ou o inocente de cândido. Depois de soar na boca do povo e iluminar a escrita, bilontra, traviata e cândido foram sepultadas nos dicionários junto às que lá descansavam em paz. Em seus lugares brotam novas, frescas e saltitantes, com significado igual – ou quase. A língua é a mais genuína criação coletiva, feita da contribuição anônima. O agito das palavras traduz as mudanças do mundo – na ciência e tecnologia, na economia e política, nas leis e religiões, no comércio e publicidade, no esporte e comunicação, nos costumes e valores.
A palavra escalpo anda sumida porque não se arranca mais o couro cabeludo do inimigo. Não se mata na cruz nem se guerreia em buraco – crucificar e trincheira são metáforas. O Hino Nacional – impávido colosso, lábaro estrelado, clava forte – é um jazigo verbal. Sem o chapéu, descobrir-se é saber de si. Formidável: quem ainda diz? Semideus e semidivino agonizam por falta de fé. O reitor é magnífico?
Reveladoras são as palavras que, condenadas, estão na fase de desaparecimento. Perderam primazia e brilho, mas ainda são usadas. Escapam empoeiradas da boca da professora, embaçadas no verso do poeta, combalidas na memória do idoso, mortas no discurso do político. Observá-las em plena agonia é ouvir a sociedade.
Faz tempo não ouço a palavra cavalheirismo. Parece que a igualdade de direitos das mulheres botou fora o bebê, a água do banho e a bacia. Lá se foram também delicadeza e cordialidade: louvadas no passado, antes de sumir viraram sinônimo de perda de tempo. Pessoa cordial passou a ser chata, cheia de frescura, pé-no-saco, puxa-saco. Cortesia não morreu, mas mudou: agora quer dizer brinde, boca-livre, promoção! Crimes têm cúmplices, mas é rara a cumplicidade entre casais.
Leio jornais, revistas, livros, peças e roteiros contemporâneos de lápis na mão. Há anos não grifo a palavra honra. Nem os crimes passionais se explicam mais como defesa da honra. Quando encontro as palavras perdão e respeito, referem-se a autoridades. Já dever e sacrifício referem-se a voto e reajustes salariais. Encontro mais a desonesto do que a honesto. Não leio ou ouço, em lugar algum, a palavra compaixão: essa foi para o céu! Ética e educação, leio e ouço bastante. Mas surraram os sentidos até esvaziá-los, ficaram ocas, só sons e letras. Os novos sentidos são da conveniência e interesse pessoal de quem escreve ou fala. Os significados que lhes deram Aristóteles e Rousseau dormem na paz do dicionário.
Se as palavras morrem ou mudam de sentido, os gestos, intenções e atitudes que designam também morrem ou mudam de sentido. Cabe indagar: que sociedade é essa que sepulta o cavalheirismo, a delicadeza, a cordialidade e a compaixão? Que gente é essa que enterra a honra? Que país é esse que esvazia valores como educação e ética e faz da cortesia um gesto interesseiro? Que confere respeito e perdão aos poderosos e impõe aos destituídos o dever e o sacrifício?
Criadas pelos homens, palavras são do humano. Intriga sejam justamente as que dizem o mais humano do humano a perderem o sentido ou morrerem. Ou será que estamos perdendo o prazer da convivência? Ah, palavras, palavras, palavras...




ARAUJO, Alcione. Palavras, palavras, palavras. Estado de Minas, Belo Horizonte, 05 jul. 2010.Caderno Cultura, p. 8

quarta-feira, 10 de abril de 2013

Jeca Tatu


Leia os textos a seguir:

Texto 01

JECA TOTAL

Jeca Total deve ser Jeca Tatu
Presente, passado
Representante da gente no Senado
Em plena sessão
Defendendo um projeto
Que eleva o teto
Salarial do sertão
Jeca Total deve ser Jeca Tatu
Doente curado
Representante da gente na sala
Defronte da televisão
Assistindo Gabriela
Viver tantas cores
Dores da emancipação
Jeca Total deve ser Jeca Tatu
Um ente querido
Representante da gente no Olimpo
Da imaginação
Imaginacionando o que seria a criação
De um ditado
Dito popular
Mito da mitologia brasileira
Jeca Total
Jeca total deve ser Jeca Tatu
Um tempo perdido
Interessante a maneira do tempo 
Ter perdição
Que dizer, se perder no correr
Decorrer da história
Glória, decadência, memória
Era de Aquarius
Ou mera ilusão
Jeca Total deve ser Jeca Tatu
Jorge Salomão
Jeca Total Jeca Tatu Jeca Total Jeca Tatu
Jeca Tatu Jeca Total Jeca Tatu Jeca Total
(GIL, Gilberto. Todas as Letras. Organização de Carlos Rennó. São Paulo: Companhia das Letras, 1996, p. 171.)


Texto 02
“Jeca Tatu! Eis o melhor exemplar que médicos, políticos, ou simples curiosos poderiam apresentar. Ali estava êle, o pobre Jeca, sempre de cócoras, incapaz de ação, amarelo e fraco, chupado pelas verminoses. Elemento negativo, entre as fôrças produtivas da nação, era preciso curá-lo, limpá-lo das gafeiras. O diagnóstico fora feito. Vozes autorizadas afirmavam que o problema vital do Brasil não era o de uma simples reforma constitucional, como apregoava a oposição, nem a simples modificação dos nossos costumes políticos, ou a militarização da mocidade, como viria pregando o poeta Olavo Bilac. O problema número um do país [...] residia no saneamento do país.”
(CAVALHEIRO, Edgar. Monteiro Lobato. Vida e Obra.São Paulo: Editora Nacional, 1955, p. 229-230.)


Texto 03
“A canção é uma metáfora da, ainda que penosa e minimamente processada, emancipação do homem do povo do Brasil, dentro do grande ciclo histórico da politização das massas, simbolizada num ente idealizado em lugar da imagem depreciativa do brasileiro inviável, paupérrimo, esfarrapado, descalço e cheio de verme.”
(GIL, Gilberto. Todas as Letras. Organização de Carlos Rennó. São Paulo: Companhia das Letras, 1996, p. 171.)


De acordo com os textos transcritos acima, entende-se que
A) há um consenso entre os projetos de nação que se apresentam na canção de Gilberto Gil e no personagem de Monteiro Lobato.
(B) há um contraponto idealizado entre os projetos de nação que se apresentam na canção de Gilberto Gil e no personagem de Monteiro Lobato.
C) há, tanto em Gilberto Gil quanto em Monteiro Lobato, uma metáfora do Brasil que se coloca em um patamar progressista no tocante à identidade da nação.
D) há, tanto em Gilberto Gil quanto em Monteiro Lobato, uma ideia de avanço que representa a valoração política do homem comum.


fonte:

10 dicas para não perder tempo ao escrever


10 dicas para não perder tempo ao escrever: 1 - Tenha algo a dizer
A primeira regra, então, para um bom estilo de texto é que o autor deve ter algo a dizer. Ou melhor, isso é, em si, quase todo o necessário.
(Arthur Schopenhauer, "On Style", Parerga e Paralipomena, 1851)

10 dicas para não perder tempo ao escrever: 2 - Diga
Pense de forma bastante clara e, depois, coloque isso da maneira mais simples que as palavras permitirem, como se você estivesse dizendo isso a um amigo.
(Frederic Harrison, "On Style in English Prose", Século 19, Junho, 1898)

10 dicas para não perder tempo ao escrever: 3 - Não espere pela inspiração
Se eu tivesse mencionado a alguém por volta de 1795 que eu planejava escrever, qualquer um com um pouco de senso me diria para escrever por duas horas todos os dias, com ou sem inspiração. Seu conselho teria me permitido me beneficiar nos dez anos da minha vida que eu gastei esperando pela inspiração.
(Stendhal [Marie-Henrie Beyle] Memoirs of na Egotist, 1892)

10 dicas para não perder tempo ao escrever: 4 - Seja simples
Use linguagem clara e simples, palavras curtas e sentenças breves. Essa é a maneira de escrever - é o jeito moderno e o melhor jeito. Prenda-se a isso. Não deixe os floreios e a verbosidade estragarem tudo.
(Mark Twain, Letter to D. W. Bowser, Março 1880)

10 dicas para não perder tempo ao escrever: 5 - Misture
Existem ocasiões em que as palavras mais simples e em menor número superam com vigor toda a riqueza da amplificação retórica. Um exemplo pode ser visto na passagem que tem sido a ilustração preferida dos dias de Longinus ao nosso. “Deus disse: Que haja luz! E existiu a luz.” Essa é a concepção do poder tão calma e simples que precisa apenas ser apresentada em poucas palavras. E seria enfraquecida e confundida por qualquer sugestão de acessórios. Embora essa sentença do Genesis seja sublime na sua simplicidade, nós não podemos concluir que sentenças simples são uniformemente melhores. O prazer dos leitores não deve ser esquecido e ele não pode se sentir satisfeito com um estilo que nunca flui. Um estilo duro, abrupto e deslocado irrita e confunde o leitor por seus solavancos repentinos. É mais fácil escrever frases curtas do que lê-las. As sentenças curtas, que são intoleráveis quando abundantes, quando usadas com moderação ficam perfeitas.
(George Henry Lewes, "The Priciples of Success in Literature", The Fortinghly Review, 1865)

10 dicas para não perder tempo ao escrever: 6 - Corte lenha
Aprenda a dividir madeira, pelo menos... Um trabalho estável com as mãos - que exige atenção - também é inquestionavelmente o melhor método de remover o palavrório e o sentimentalismo de um estilo, tanto falado quanto escrito. Nós somos frequentemente impressionados com a força e a precisão do estilo ao qual nós, homens que trabalham duro, sem prática na escrita, facilmente alcançados quando é necessário fazer um esforço. Como se clareza, vigor e sinceridade, os ornamentos de estilo, fossem melhor aprendidos na fazenda e na oficina do que nas escolas.
(Henry David Thoreau, A Week on the Concord and Merrimack Rivers, 1849)

10 dicas para não perder tempo ao escrever: 7 - Leia em voz alta
Aquele que quer saber se escreveu aquilo que deseja dizer, e como ele deve dizer isso, lê em voz alta para si mesmo. Mesmo que sua voz pareça separada dele como um auditor. Ou deixa fazê-lo como o astuto Moliere, que leu sua composição para seu cozinheiro. Se ninguém mais está a mão – leia para qualquer um que possa ouvi-lo – e o leitor irá tomar consciência das redundâncias, omissões, irrelevâncias e incongruências que sua própria sagacidade nunca perceberia. Mesmo um estúpido como auditor irá melhorar seu estilo.
(George Jacob Holyoake, Public Speaking and Debate: A Manual for Advocates and Agitators, 2º ed, 1896)

10 dicas para não perder tempo ao escrever: 8 - Escute
Eu sempre começo a minha tarefa lendo o trabalho do dia anterior, uma operação que me tomaria meia hora e que consiste essencialmente na pesagem do meu ouvido com o som das palavras e frases. Eu recomendaria fortemente essa prática para todos os escritores. Lendo o que você escreveu por último pouco antes de recomeçar sua tarefa, o escritor irá encontrar o tom e o espírito daquilo que ele disse antes, e evitará a falha de parecer contrário a si mesmo.
(Anthony Trollope, An Autobiography, 1883)

10 dicas para não perder tempo ao escrever: 9 - Desacelere e re-escreva
Você deve tentar contrariar em privado o trabalho feito rapidamente pelo jornalista, e os métodos de acabamento pronto a que ele conduz, com a lentidão e a maior atenção aos modelos mais ambiciosos. E quando eu digo “escrever”, acredite, re-escrever é essencialmente o que eu tenho na cabeça.
(Robert Louis Steveson, letter to Richar Harding Davis, 1889)

10 dicas para não perder tempo ao escrever: 10 - Corte
Em composições, como regra geral, você deve executar sua pena por meio de cada palavra escrita. Você não tem ideia do vigor que isso dá ao seu estilo.
(Sydney Smith, citado por Saba Holland em A Memoir of the Reverend Sydney Smith, 1855)





segunda-feira, 8 de abril de 2013

Realismo e Naturalismo - pesquisa


Trabalho de Literatura – Realismo/Naturalismo

1. Quais obras dão início ao Realismo/Naturalismo no Brasil? Quem são os seus autores?
2. Por que os artistas da época atribuíram à arte uma função social?
3.  Que diferenças existem entre o Realismo e o Naturalismo?
4. Explique por que o Naturalismo pode ser entendido como um aprofundamento do Realismo?
5. Leia atentamente o texto de Alceu Valença:   Como Dois Animais

Uma moça bonita
de olhar agateado
deixou em pedaços
o meu coração

Uma onça pintada
e seu tiro certeiro
deixou os meus nervos
de aço no chão

Foi mistério e segredo
e muito mais
foi divino o brinquedo
e muito mais
se amar como dois animais

Meu olhar vagabundo
de cachorro vadio
olhava a pintada
e ela estava no cio.

Era um cão vagabundo
e uma onça pintada
se amando na praça
como os animais

a) Você diria que o texto acima apresenta pontos comuns com o Naturalismo? Justifique sua resposta.

Leia o texto e responda as questões 6, 7 e 8.
"Mas o livro é enfadonho, cheira a sepulcro, traz certa contração cadavérica; vício grave, e aliás ínfimo, porque o maior defeito deste livro és tu, leitor. Tu tens pressa de envelhecer, e o livro anda devagar; tu amas a narração direita e nutrida, o estilo regular e fluente, e este livro e o meu estilo são como os ébrios, guinam à direita e à esquerda, andam e param, resmungam, urram, gargalham, ameaçam o céu, escorregam e caem..."
MACHADO DE ASSIS. Memórias Póstumas de Brás Cuba. In: Obra completa.
6.  Uma das mais evidentes características da ficção de Machado de Assis é a utilização da metalinguagem. O que vem a ser esse recurso? Exemplifique com o trecho.
7.  Como é a relação do narrador com o leitor, de acordo com o texto?
8. A ironia machadiana, tão celebrada, expressa-se também nesse trecho, através de uma certa visão do leitor e de seu gosto literário.
a)  Segundo o narrador, que preferências do leitor  o impediriam de gostar do livro?
b)  Essas preferências de estilo foram atendidas por que movimento  literário ironizado pelo narrador?