Fazer uma relação das propriedades de um objeto, enumerar cuidadosamente seus aspectos relevantes, descrever as circunstâncias que o envolvem.
O objeto resenhado pode ser um acontecimento qualquer da realidade (um jogo de futebol, uma comemoração solene, uma feira de livros) ou textos e obras culturais (um romance, uma peça de teatro, um filme).
A importância do que se vai relatar numa resenha depende da finalidade a que ela se presta. Numa resenha de livros para o grande público leitor de jornal, não tem o menor sentido descrever com pormenores os custos de cada etapa de produção do livro, o percentual de direito autoral que caberá ao escritor e coisas desse tipo.
A resenha pode ser DESCRITIVA ou CRÍTICA.
Resenha descritiva consta de:
I. uma parte descritiva em que se dão informações sobre o texto:
a. nome do autor (ou autores);
b. título completo e exato da obra (ou artigo);
c. nome da editora e, se for o caso, da coleção de que faz parte a obra;
d. lugar e data da publicação;- número de volumes e páginas.
Pode-se fazer, nessa parte, uma descrição sumária da estrutura da obra (divisão em capítulos, assunto dos capítulos, índices etc.). No caso de uma obra estrangeira, é útil informar também a língua da versão original e o nome do tradutor ( se se tratar de tradução).
II. uma parte com o resumo do conteúdo da obra:
a. indicação sucinta do assunto global da obra (assunto tratado) e do ponto de vista adotado pelo autor (perspectiva teórica, gênero, método, tom, etc.);
b. resumo que apresenta os pontos essenciais do texto e seu plano geral.
Na resenha crítica, além dos elementos já mencionados, entram também comentários e julgamentos do resenhador sobre as idéias do autor, o valor da obra, etc.
Exemplos:
Exemplos:
Resenha do filme: O Senhor das Armas
Dirigido por Andrew Niccol, o filme americano “O Senhor das Armas” – 2005, narra a história de um traficante de armas nascido na Ucrânia e que se torna poderoso nos EUA.
O traficante Yuri Orlov, Nicolas Cage, viaja o mundo, em algumas das mais perigosas zonas de guerra, negociando armas. O que não é um negócio fácil já que é perseguido incansavelmente por agentes da Interpol, além disso, seus clientes são conhecidos ditadores do mundo.
O negócio é lucrativo, já que muitas são as regiões em conflito e poucas são as intervenções do governo americano em restringir o número de fabricação de armas e de seus usuários. O que não falta no nosso personagem são estratégias de venda e de entrega das mercadorias. Yuri sabe que se não for ele a fazer negócio outro fará.
O que nos faz pensar o que vale mais: a consciência ou o poder. Afinal, o tráfico de armas parece ser uma fonte bastante rentável, mas será que é possível dormir com a consciência tranqüila?
Resenha Crítica: WALL-E
Com estreia mundial em junho de 2008, “WALL-E” é um longa-metragem de animação da Pixar, distribuído pela Disney, e dirigido por Andrew Stanton, que também dirigiu Procurando Nemo. O filme nos traz temas atuais: a produção de lixo, o consumismo exarcebado e o sedentarismo humano.
Enquanto a população mundial navega temporariamente em uma nave pelo espaço, o robô WALL-E, nosso protagonista, vaga pelo planeta Terra, realizando a tarefa árdua a qual ele foi programado a fazer: compactar o lixo do planeta. Sozinho, colecionando inúmeros objetos humanos que ele encontra durante a limpeza. Até que um dia surge repentinamente uma nave, que traz um novo e moderno robô: Eva. WALL-E logo se apaixona pela recém-chegada, que tem a importante missão de verificar as condições de vida do Planeta.
Mas a história vai além da paixão de nosso robozinho. Ela nos remota a questões atuais como a produção e o destino de tolenadas de lixo despejados pelo homem no planeta. Comportamento de uma sociedade consumista, que não se preocupa com questões ambientais: como a redução, reutilização e reciclagem de materiais usados nos sistemas de produção e consumo ou a adoção de um estilo de vida que acentue a qualidade de vida e previna o dano ao meio ambiente.
Os benefícios da tecnologica, no primeiro momento, podem facilitar nossa vida e economizar nosso tempo. Mas, a partir do momento que vivemos em função dela, e não ao contrário, pode levar o homem ao sedentarismo. Por exemplo, comprar produtos variados pela internet nos faz economizar tempo e solas de sapato, mas, por outro lado, aumenta o peso na balança. Se correria do dia-a-dia não nos permite a uma alimentação saudável ou a frequentar uma academia, podemos fazer de nossas pequenas tarefas diárias exercícios que nos mantenham em forma.
Se houver no filme qualquer semelhança com a realidade, não é mera coincidência - WALL-E não é ficção, é uma metáfora da sociedade hoje.
Produção textual: resenha crítica
Agora é a sua vez, escolha um filme, um livro, um cd e faça a sua resenha.
0 comentários:
Postar um comentário