sábado, 1 de janeiro de 2011

Artigo de Opinião

Artigo de Opinião


O artigo de opinião é um texto jornalístico, em prosa, que apresenta o ponto de vista do autor ou autores a respeito de determinado assunto considerado de interesse no momento. Quem escreve um artigo é chamado de articulista. É um texto de caráter dissertativo-argumentativo. São características desse gênero:


· Expressam posições de seus autores/articulistas, que são responsáveis pelas idéias apresentadas. São assinados.


· Pode estruturar-se de diversas formas. O mais comum é compor-se de três partes:
* Primeira parte: apresenta-se o tema, de forma sucinta, fazendo um histórico se for o caso. Pode-se também, apresentar nessa parte, uma tomada de posição diante do tema, ou seja, a formulação de uma tese.
* Segunda parte: apresentam-se os argumentos e contra-argumentos necessários para justificar a posição defendida.
* Terceira parte ou encerramento: reafirma-se ou apresenta-se de modo condensado o ponto-de-vista defendido no artigo.


· O articulista adota estratégias discursivas para convencer o leitor: acusações claras aos oponentes, as ironias, as insinuações, as digressões, as apelações à sensibilidade, a retenção de recursos descritivos – detalhados e precisos, ou em relatos em que as diferentes etapas de pesquisa estão bem especificadas com uma minuciosa enumeração das fontes de informações.


· Progressão temática: é comum utilizar-se do esquema de “temas derivados”, em que o assunto é subdividido em tópicos, apresentando-se, em cada argumento “um tópico com seus respectivos comentários”.


· Predominam as orações enunciativas ou declarativas que afirmam ou negam algo. Aparecem também:
*Orações dubitativas: expressam dúvidas – com a função de relativizar determinados aspectos do assunto;
*Orações exortativas: expressam ordem/ pedido/ conselho – com a função de convencer o leitor a aceitar os argumentos apresentados;
*Orações exclamativas ou interrogativas – podem aparecer como recursos de persuasão, para enfatizar determinadas idéias ( Ex.: “Pode-se dizer que uma atitude como essa seja justificável?” ou “Trata-se de uma atitude injustificável!”).


· Busca-se uma linguagem objetiva, de preferência com frases curtas, entretanto em função da argumentação aparecem com freqüência frases complexas, com a presença de elementos articuladores como conjunções e preposições, chamados de operadores argumentativos.


· Embora possa ser escrito em 3ª pessoa, geralmente apresenta-se em 1ª pessoa do singular ou do plural que revelam subjetividade, o caráter de pessoalidade próprio desse gênero.


· A pontuação varia em função do estilo mais expressivo ou menos expressivo. São mais comuns os sinais predominantes em textos formais: ponto, vírgula, dois pontos, ponto e vírgula.


· Podem ser feitas citações de falas de outros autores ou personalidades (polifonia = outras vozes), as quais vêm, geralmente entre aspas.


No livro didático do 8º ano – Linguagens no Século XXI – a 6ª unidade estudada em Produção de Texto, apresenta o estudo do texto argumentativo com propriedade

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Leia o artigo a seguir:

11 de Junho de 2010


Carros, por Tiago Luis Pereira*
Pego carona nas palavras do arquiteto Jorge Wilheim, um dos palestrantes do 1º Fórum de Planejamento Urbano de Joinville, para falar de assunto polêmico e que diz respeito a um dos itens de consumo mais adorados pelos brasileiros: o automóvel. Em resposta às inúmeras reclamações sobre o já caótico trânsito joinvilense, Wilheim, responsável pela elaboração do primeiro Plano Diretor da cidade, em 1965, dispara: “Ninguém é contra o automóvel próprio, sempre é contra o automóvel do outro. É sempre o outro que atrapalha o trânsito”. Lúcidas palavras.
Todos sabem de cor as vantagens de ter um automóvel, de modo que a invenção milagrosa propagada aos milhares por Henry Ford no início do século passado não precisa que ninguém advogue em sua defesa. Ao contrário, em tempos de congestionamentos constantes e aumento desenfreado da frota, talvez o carro precise é de pessoas que apontem suas desvantagens. Pois – não nos enganemos – não há solução governamental capaz de resolver, a médio prazo, o problema de mobilidade em cidades como Joinville. Ou a população se convence de uma vez por todas que é mais vantajoso deixar o carro em casa em certas ocasiões ou a bagunça vai ficar cada vez pior.
Só para se ter uma ideia, a frota de automóveis em Joinville vem crescendo na média de 8,1% ao ano. Índice maior do que a registrada nacionalmente. Nos primeiros quatro meses deste ano, mais 6.400 carros foram às ruas na cidade. E como a física segue fazendo valer sua lei (não se pode colocar mais de um corpo num mesmo espaço), as filas vão se multiplicando. Congestionamentos que já se registravam há algum tempo nas avenidas centrais agora migram para vias mais afastadas, como Albano Schmidt e Helmut Fallgatter, no Boa vista. E, como não poderia deixar de ser, o aborrecimento também vai se enfileirando.
Grandes mudanças sociais só são possíveis (se é que são possíveis) quando dois fatores entram em jogo: medidas administrativas (ação do Estado) e conscientização por parte da comunidade. Se essa via de mão dupla não existir, não há santo que dê jeito. No caso dos nossos problemas de trânsito, obras que desafogariam o tráfego são sempre mais demoradas do que nossa paciência pode suportar. E caras, também. Sendo assim, precisamos conviver com a ideia de que diminuir o uso do automóvel, na medida do possível, é uma atitude plausível e eficaz. Será que isso é pedir demais?
Ainda me espanta o fascínio que as quatro rodas exercem sobre a maioria dos jovens. Aprender a dirigir é quase uma obrigação, um rito de passagem da adolescência para a fase adulta. Sofro horrores por não saber sequer quantas marchas tem um carro. Sofro com os sarros, só isso. Nunca fiquei sem chegar onde quis por não saber dirigir. Apelo para caronas sem o menor pudor. Ônibus me animam a pensar na vida e não sinto náuseas ao ler em movimento. Sem contar a bicicleta, que me leva ao trabalho de modo barato, rápido e saudável nos dias de sol.
Por esses motivos, me é fácil defender que as pessoas devam usar o automóvel o mínimo possível, em prol de uma convivência urbana mais calma e menos acinzentada. Digamos que ainda não senti o gostinho do conforto. Mas duvido que sucumbiria ao comodismo e abandonaria a bicicleta se tivesse um automóvel à disposição. No entanto, sei também que para muita gente carro é ferramenta simplesmente fundamental. Com esses, não me meto. Fiquemos, então, com a parcela daqueles que podem, com algum esforço, superar o comodismo e botar as articulações das pernas para funcionar. Se esses fizerem sua parte, a coisa vai ficar menos feia.
*Músico e jornalista


PROJETO: TRÂNSITO CONSCIENTE

TEMA:
Quando o assunto é trânsito.


OBJETIVO GERAL:
Construir atitudes que no futuro contribuirão para formamos motoristas mais conscientes, a partir de vídeos, palestras, debates, leituras e produção de textos.

JUSTIFICATIVA:
O “Projeto Trânsito Consciente” busca “contribuir efetivamente na preservação, na redução dos acidentes e auxiliar na conscientização e conhecimento quanto à proteção da vida, para a paz no cotidiano dos espaços rurais e urbanos. Também tem como meta levar ao entendimento dos educandos, a importância e a relevante prática que se faz necessária no bom relacionamento de todos os cidadãos, que fazem parte do trânsito, bem como a devida e indispensável atenção e respeito, para que haja a harmonia tão almejada, os bons hábitos e as atitudes adequadas.” (Bogue et al., 2008)

METODOLOGIA:
· Leitura de textos e debates sobre o tema “Trânsito em Joinville”;
· Apresentação do gênero artigo de opinião;
· Palestra sobre Planejamento Urbano;
· Elaboração do artigo de opinião: “Trânsito em Joinville”;
· Exposição de trabalhos na Feira do Trânsito;
· Avaliação do projeto pelo grupo.

PÚBLICO ALVO:
Alunos dos 2os e 3os anos do Ensino Médio da E.E.B. Giovani Pasqualini Faraco.

PERÍODO:
De Junho a Setembro de 2010.

PROFESSORA ORIENTADORA:
Lisandre Mara Klitzke – Língua Portuguesa e Literatura


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