Prolixidade
Ser prolixo é utilizar mais palavras do que o necessário para exprimir uma ideia. É alongar-se, é não ir direto ao assunto, é "encher linguiça". Prolixidade é o antônimo de concisão.
Um texto prolixo é, em consequência, um texto enfadonho. Sempre que uma pessoa prolonga em demasia o discurso, os ouvintes tendem a não prestar mais atenção ao que ela está dizendo.
O uso de expressões que só servem para prolongar o discurso, como "por outro lado", "na minha modesta opinião", "eu acho que", tendem a não acrescentar nada à mensagem, tornando o texto prolixo.
Atividade
Millôr Fernandes apropria-se da linguagem prolixa e reescreve, com muito humor e criatividade, diversos provérbios populares, identifique-os.
1. Aquele que se deixa prender sentimentalmente por criatura destituída de dotes físicos de encanto ou graça acha-a dotada desses mesmos dotes que outros não lhe veem.
Resposta: Quem ama o feio bonito lhe parece
2. Por cada um dos prolongamentos articulados em que terminam pés e mãos do ser humano se estabelece a identidade do ser de tamanho descomunal.
3. Quando o sol está abaixo da linha do horizonte, a totalidade dos animais domésticos da família dos felídeos é de cor mescla entre branco e preto.
4. O traje característico que usa não identifica fundamental a pessoa que, por fanatismo, misticismo ou cálculo, se isola da sociedade, levando vida austera e desligada das coisas mundanas.
5. A criatura canonizada que vive em nosso próprio lar não é capaz de produzir feito extraordinário que vá contra as leis fundamentais da natureza.
5. Aquele que anuncia por palavras tudo o que satisfaz ao seu ego tende a perceber por seus órgãos de audição coisas que não desejaria.
6. O Espírito das Trevas não é tão destituído de encantos e graças físicas quanto se o representa por meio de traços e cores.
7. A substância insípida, inodora e incolor que já se foi não é mais capaz de comunicar movimentos ao engenho de triturar cereais.
8. De unidade de cereal em unidade de cereal, a ave de crista carnuda e asas curtas e largas, da família das galináceas, abarrota a bolsa que existe nessa espécie por uma dilatação do esôfago e na qual os alimentos permanecem algum tempo antes de passarem à moela.
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