Ensinar a ler requer um processo de transformação física no cérebro similar à cirurgia, para estabelecer novas conexões neuronais entre a visão, o raciocínio e a fala. A capacidade de ler, algumas vezes se nos apresenta como uma tarefa muito complicada e tortuosa. A aprendizagem da leitura é um processo lento, pois requer a integração de habilidades e destrezas linguísticas.Estudos revelam que 50% de alunos com problemas de aprendizagem, que atendem ao sistema especial de educação pública, apresenta deficiência na compreensão da leitura, alguns por falhas no processo de aprendizagem e não por motivos fisiológicos insolváveis.Comprovou-se que os problemas de leitura afetam não somente a educação, mas também a saúde, pela qual auspiciam vários programas de investigação para encontrar as causas do fracasso na aprendizagem da leitura.Investigadores dedicados ao estudo dos processos cognitivos dizem que “aprender modifica a estrutura física do cérebro”. Nesse sentido, os professores devem entender que “ler requer uma alteração na organização interna do tecido celular cerebral”, e se deve ser paciente com os que iniciam balbuciando.A maioria das crianças aprende a ler independentemente do método de ensino. Entretanto, 20 a 30% destas, em idade escolar, experimentam dificuldades de aprendizagem, revelam as estatísticas.As crianças se frustram com rapidez e se envergonham de suas dificuldades quando são conscientes de que seus companheiros de classe leem com fluidez. Problemas de conduta, abandono escolar e desinteresse para seguir estudos universitários, são algumas das consequências diretas das dificuldades de leitura, segundo indicam os experts.Entre os indicadores mais comuns de potenciais problemas de leitura se encontra a transposição de letras e números. Os educadores hoje em dia preferem utilizar a aquisição do idioma para prevenir melhor os tropeços na leitura. Por sua parte, a falecida Jeann Chall, legendária especialista de leitura da Universidade de Harvard, sempre recalcou que “Contrariamente a linguagem falada, que não necessita de instrução, nossos cérebros requerem um método para aprender a ler.”Uma das coisas mais importantes é entender a relação entre o abecedário e os sons das palavras. Outros experts recomendam que o ensino destas destrezas deva ser sistemática e cuidadosamente planificado para evitar confundir o estudante. Tomando em conta que cada criança aprende em um ritmo diferente, recomenda-se a utilização de vários métodos de instrução. Entre estes o ensino através da fonética, baseado nos sons de letras e fonemas; ou, do conceito de “idioma completo”, que consiste na aplicação e memorização de palavras.Se a criança tem um problema de leitura, necessitará de mais tempo e prática. Mas, sobretudo, é vital manter uma disciplina de leitura diária. Os especialistas recomendam que os professores provenham livros de acordo com a habilidade de leitura do estudante para evitar frustrações.Aos pais de família advertem-lhes que “desliguem os televisores”, pois quando as crianças não leem no ritmo que lhe é devido, estanca-se sua capacidade linguística e sua capacidade de pensar com coerência. Saber ler não é somente uma matéria, é uma habilidade do cérebro humano e como todas as habilidades dependem mais da maneira como a percebemos do que da capacidade.Criar o hábito da leitura ajuda a melhorar os problemas de aprendizagem.Artigo original em espanhol
quarta-feira, 27 de abril de 2011
O cérebro se modifica com a leitura
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