domingo, 1 de julho de 2012

Livro sobre Nada


1. (UNEMAT) Leia o poema "As lições de R. Q.", de Manoel de Barros, abaixo transcrito, e resolva o que se pede.

Aprendi com Rômulo Quiroga (um pintor boliviano):
A expressão reta não sonha.
Não use o traço acostumado.
A força de um artista vem das suas derrotas. Só a alma atormentada pode trazer para a voz um
formato de pássaro.
Arte não tem pensa:
O olho vê, a lembrança revê, e a imaginação transvê.
É preciso transver o mundo.
Isto seja:
Deus deu a forma. Os artistas desformam.
É preciso desformar o mundo:
Tirar da natureza as naturalidades.
Fazer cavalo verde, por exemplo [...]

Considerando no contexto das tendências dominantes da poesia de Manoel de Barros, no Livro sobre nada, pode-se afirmar que, neste texto, o "eu-lírico" vê o mundo como:

A) Oportunidade de manisfestar seu desapego, tanto pelo sagrado, como pelo profano.
B) Ânsia de integração em uma sociedade em que o sujeito só é reconhecido pela excentricidade e estranheza.
C) transfiguração do mundo, que corresponde à experiência dos próprios sentidos.
D) Frustração, uma vez que o artista é um derrotado e Deus, uma ameaça.
E) esvaziamento do sentido de Arte, de Natureza e da ausência de sonhos.

2. (UNEMAT) Leia os fragmentos do poeta Manoel de Barros:

Como dizer: eu pendurei um bem-te-vi no sol...
(...)
Retiro semelhanças de pessoas com árvore
                         de pessoas com rãs
                         de pessoas com pedras

I - As imagens poéticas das palavras feitas brinquedos podem ser traduzidas apenas numa possibilidade interpretativa.
II - As imagens comparativas são dadas pelos elementos lógicos do poema.
III - Há um desencadeamento de ilogismo ligado à necessidade de criação poética.

Assinale a alternativa CORRETA: 

A) Todas estão incorretas.
B) Somente I e II estão corretas.
C) Somente I e III estão corretas.
D) Somente III está correta.
E) Todas estão corretas.



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