1. (UNEMAT) Leia o poema "As lições de R. Q.",
de Manoel de Barros, abaixo transcrito, e resolva o que se pede.
Aprendi com Rômulo Quiroga (um pintor boliviano):
A expressão reta não sonha.
Não use o traço acostumado.
A força de um artista vem das suas derrotas. Só a alma atormentada pode trazer
para a voz um
formato de pássaro.
Arte não tem pensa:
O olho vê, a lembrança revê, e a imaginação transvê.
É preciso transver o mundo.
Isto seja:
Deus deu a forma. Os artistas desformam.
É preciso desformar o mundo:
Tirar da natureza as naturalidades.
Fazer cavalo verde, por exemplo [...]
Considerando no contexto das tendências dominantes
da poesia de Manoel de Barros, no Livro sobre nada, pode-se afirmar
que, neste texto, o "eu-lírico" vê o mundo como:
A) Oportunidade de manisfestar seu desapego, tanto
pelo sagrado, como pelo profano.
B) Ânsia de integração em uma sociedade em que o
sujeito só é reconhecido pela excentricidade e estranheza.
C) transfiguração do mundo, que corresponde à experiência dos
próprios sentidos.
D) Frustração, uma vez que o artista é um
derrotado e Deus, uma ameaça.
E) esvaziamento do sentido de Arte, de Natureza e
da ausência de sonhos.
2. (UNEMAT) Leia os fragmentos do poeta Manoel de
Barros:
Como dizer: eu pendurei um bem-te-vi no sol...
(...)
Retiro semelhanças de pessoas com árvore
de
pessoas com rãs
de
pessoas com pedras
I - As imagens poéticas das palavras feitas
brinquedos podem ser traduzidas apenas numa possibilidade interpretativa.
II - As imagens comparativas são dadas pelos
elementos lógicos do poema.
III - Há um desencadeamento de ilogismo ligado à
necessidade de criação poética.
Assinale a alternativa CORRETA:
A) Todas estão incorretas.
B) Somente I e II estão corretas.
C) Somente I e III estão corretas.
D) Somente III está correta.
E) Todas estão corretas.
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